nov 172011
 

Salve Rainha (Gregoriano Audio Mp3)

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Partitura

Salve Regina

História da Salve Rainha

A Salve Rainha é uma oração dirigida a Nossa Senhora surgida no século XI. Narra a História que um monge chamado Hermano Contracto compôs a oração cerca do ano de 1050 na cidade de Reichenau, Alemanha. Quando São Bernardo de Claraval tomou contato com a oração cantada pelos monges ficou tomado de tal enlevo a ponto de improvisar a última parte do cântico. Daí surgiu o verso “O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria”, que em português significa, “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.

Domina Nostra a Fatima

Domina Nostra a Fatima

Historia Salve Regina

Salve Regina oratio ad Dominam Nostram scripta in XI saeculo. Monachus benedictinus Hermanus Contractus circa anno 1050 factus est eam in oppido Reichenau, Germania. Cum Sanctus Bernardus Claraevallensis cognoscit eam cantatam a monachis, admiratione afflante, postremam precis partem componit: “O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria”.

Tradução da Salve Regina

Salve, Rainha, mãe de misericórdia,
Salve, Regina, Mater misericordiae,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
Ad te clamamus, exsules filii Hevae,
A vós suspiramos, gemendo e chorando
ad te suspiramus, gementes et flentes
neste vale de lágrimas.
in hac lacrimarum valle.
Eia, pois, advogada nossa,
Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos
esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
misericordes oculos ad nos converte;
e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
bendito fruto do vosso ventre,
nobis post hoc exilium ostende.
Ó clemente, ó piedosa,
O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.
ó doce sempre Virgem Maria
V.: Ora pro nobis sancta Dei Genetrix.
V.: Rogai por nós santa Mãe de Deus
R.: Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
R.: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Textus in latine

Salve, Regina, Mater misericordiae,

vita, dulcedo, et spes nostra, salve.

Ad te clamamus, exsules filii Hevae,

ad te suspiramus, gementes et flentes

in hac lacrimarum valle.

Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos

misericordes oculos ad nos converte;

et Jesum, benedictum fructum ventris tui,

nobis post hoc exilium ostende.

O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.

Em alguns ainda é adicionado:

V.: Ora pro nobis sancta Dei Genetrix.

R.: Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria

O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria

nov 172011
 

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Partitura

Salve Regina

História da Salve Rainha

A Salve Rainha é uma oração dirigida a Nossa Senhora surgida no século XI. Narra a História que um monge chamado Hermano Contracto compôs a oração cerca do ano de 1050 na cidade de Reichenau, Alemanha. Quando São Bernardo de Claraval tomou contato com a oração cantada pelos monges ficou tomado de tal enlevo a ponto de improvisar a última parte do cântico. Daí surgiu o verso “O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria”, que em português significa, “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.

Domina Nostra a Fatima

Domina Nostra a Fatima

Historia Salve Regina

Salve Regina oratio ad Dominam Nostram scripta in XI saeculo. Monachus benedictinus Hermanus Contractus circa anno 1050 factus est eam in oppido Reichenau, Germania. Cum Sanctus Bernardus Claraevallensis cognoscit eam cantatam a monachis, admiratione afflante, postremam precis partem componit: “O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria”.

Tradução da Salve Regina

Salve, Rainha, mãe de misericórdia,
Salve, Regina, Mater misericordiae,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
Ad te clamamus, exsules filii Hevae,
A vós suspiramos, gemendo e chorando
ad te suspiramus, gementes et flentes
neste vale de lágrimas.
in hac lacrimarum valle.
Eia, pois, advogada nossa,
Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos
esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
misericordes oculos ad nos converte;
e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
bendito fruto do vosso ventre,
nobis post hoc exilium ostende.
Ó clemente, ó piedosa,
O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.
ó doce sempre Virgem Maria
V.: Ora pro nobis sancta Dei Genetrix.
V.: Rogai por nós santa Mãe de Deus
R.: Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
R.: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Textus in latine

Salve, Regina, Mater misericordiae,

vita, dulcedo, et spes nostra, salve.

Ad te clamamus, exsules filii Hevae,

ad te suspiramus, gementes et flentes

in hac lacrimarum valle.

Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos

misericordes oculos ad nos converte;

et Jesum, benedictum fructum ventris tui,

nobis post hoc exilium ostende.

O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.

Em alguns ainda é adicionado:

V.: Ora pro nobis sancta Dei Genetrix.

R.: Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria

O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria

ago 072011
 
Guy de Ridder
Georges Charles Huysmans despontou como escritor de destaque na culta Paris de fins do século XIX. Sua conversão ao Catolicismo, quando passava já dos 40 anos de idade, deveu-se, em grande parte, à sua facilidade de perceber e degustar o esplendor da Liturgia católica.

Tinha ele uma genial capacidade de descrever o que via e sentia, bem como de mostrar as correlações das belezas da Liturgia com as da arquitetura, da escultura, da pintura, etc. E pôs esse precioso dom natural inteiramente a serviço da Fé, como o leitor pode constatar no texto abaixo, de sua autoria.

Catedral da Idade Média em León, Espanha

Catedral da Idade Média em León, Espanha

O que me parecia superior às mais elogiadas obras da música teatral ou mundana era o velho canto-chão, esta melodia plana e despida, ao mesmo tempo sublime e grave. Era este grito solene das tristezas e ufano das alegrias, eram estes hinos grandiosos da fé humana, os quais parecem jorrar nas catedrais, dos pés das colunas românicas, como gêiseres irresistíveis.

Qual música — por mais ampla, terna ou dolorosa que seja — vale um De Profundis cantado em falso-bordão, as solenidades do Magnificat, as verves augustas do Lauda Sion, os entusiasmos da Salve Regina, as soledades do Miserere e do Stabat Mater, as onipotentes majestades do Te Deum?

Artistas geniais haviam já se esforçado para exprimir em música os textos sagrados: Victoria, Josquim De Près, Palestrina, Orlando de Lassus, Haendel, Bach, Haydn — todos estes compuseram páginas maravilhosas. Contudo, suas obras contêm uma certa ostentação, mostram-se, apesar de tudo, orgulhosas, em comparação com a humilde magnificência e o sóbrio esplendor do canto gregoriano. (…)

Já o canto litúrgico, quase sempre composto anonimamente no fundo dos claustros, era uma fonte extraterrestre, sem marcas de pecado, sem pretensões artísticas. Era um surto de almas já liberadas da servidão da carne, uma explosão de ternuras sobrenaturalizadas e de alegrias puras. Era o idioma da Igreja, o Evangelho musical acessível, como o próprio Evangelho escrito, não só aos mais requintados, mas também aos mais humildes.

Ah! a verdadeira prova do Catolicismo é esta arte por ele fundada, esta arte que nada ainda foi capaz de superar! Na pintura e na escultura, os primitivos; os místicos, na poesia e na prosa; na música, o canto-chão; na arquitetura, o românico e o gótico. Tudo isto se conciliava num único tufo de pensamentos: reverenciar, adorar, servir o Divino Dispensador, mostrando-Lhe — refletido na alma de sua criatura, como num fiel espelho — o préstimo ainda imaculado de seus dons.

Quanto ao canto-chão, é patente a consonância de sua melodia com a arquitetura. Às vezes ele se inclina como os sombrios arcos românicos; outras, surge tenebroso e pensativo como o semi-círculo dos arcos. O De Profundis, por exemplo, curva-se para dentro, semelhante a esses grandes arcos que formam a ossatura escurecida das abóbadas. Ele é lento e noturno como elas, só se desdobra como elas, não se move senão na penumbra entristecida das criptas.

Às vezes, ao contrário, o canto gregoriano parece tomar emprestado do gótico suas nervuras floridas, suas flechas recortadas, suas rodas de gaze, seus triângulos de rendas leves e finas como vozes infantis. Ele passa, então, dum extremo ao outro, da amplidão das aflições ao infinito das alegrias.

Outras vezes, ele, como a escultura, dobra-se para o júbilo do povo, associando-se às alegrias inocentes, aos risos esculpidos nos velhos frontispícios. Ele toma — tanto no cântico natalino Adeste Fideles quanto no hino pascoal O Filii et Filiae — o ritmo popular das multidões. Tal como os Evangelhos, ele se torna pequeno e familiar, submete-se aos humildes desejos dos pobres e lhes proporciona uma melodia de festa fácil de reter na memória, que os eleva às puras regiões onde suas almas cândidas se prostram aos pés indulgentes de Cristo.

Criado pela Igreja, aprimorado por ela nos corais da Idade Média, o canto gregoriano é a paráfrase flutuante e movente da imóvel estrutura das catedrais. Ele é a interpretação imaterial e fluida das telas dos pintores primitivos. Ele é a tradução alada das prosas latinas compostas outrora pelos monges elevados, em seus claustros, fora do tempo.