A Ordem do Carmo, originalmente chamada Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, surgiu no final do século XI, na região do Monte Carmelo, junto à fonte e a gruta de Santo Elias, na época em que os cruzados dominavam a terra santa sob o estandarte do Reino Latino de Jerusalém.
Seu carisma sintetizava-se na vida eremítica de oração e silêncio. Posteriormente, a Regra do carmo foi sistematizada por Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém, e aprovada pelo Papa Honório III em 1226 a pedido de São Simão Stock.
Com a invasão dos sarracenos comandados por Saladino, a ordem viu-se na obrigação de transferir-se à Europa. Os carmelitas consideram a Santo Elias o fundador da ordem assim como “fundador da vida religiosa” (SMET, 1987, p. 12).
Após um período de florescimento seguido de decadência, a ordem foi reestruturada pela ação de Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz, do qual derivou o ramo dos carmelitas descalços.
Como os dominicanos e os franciscanos a ordem se caracteriza pela vida de profissão radical dos conselhos evangélicos especialmente da pobreza, mas também com um forte caráter evangelizador. Na era das navegações os carismas franciscano, dominicano e carmelita obtiveram grande sucesso na evangelização da América e do oriente (ROPS, 1999).
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História do Escapulário do Carmo
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SMET, Joaquim. Los carmelitas. História de La Orden Del Carmen. T. 1. Madrid: Bac, 1987.
ROPS, Daniel. A Igreja das catedrais e das cruzadas. São Paulo: Quadrante, 1993.