ago 062012
 

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1. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos”.

“Maiorem hac dilectionem nemo habet, ut animam suam quis ponat pro amicis suis”

(Jo 15,13).  

 

 2. “Em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou”.

“In his omnibus supervincimus per eum, qui dilexit nos”.

(Rm 8,37)

 

 3. “O temor a Deus é o começo de seu amor, e a ele é preciso acrescentar um princípio de fé”.

“Timor Dei initium dilectionis eius; fides autem initium adhaesionis ei”.

(Eclo 25,16)

 

 4. “Que o sábio escute, e aumentará seu saber, e o homem inteligente adquirirá prudência”.

“Audiat sapiens et addet doctrinam, et intellegens dispositiones possidebit”.

 (Pr 1,5)

 

 5. “O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão”. 

“Omni tempore diligit, qui amicus est, et frater ad angustiam natus est”.

(Prov 17,17)

 

 6. “Pois há amigos em certas horas que deixarão de o ser no dia da aflição. […] há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça. […] Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor, achará esse amigo. Quem teme ao Senhor terá também uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante”

“Est enim amicus secundum opportunitatem suam et non permanebit in die tribulationis […] Est autem amicus socius mensae et non permanebit in die necessitatis […] Amicus fidelis protectio fortis; qui autem invenit illum, invenit thesaurum. Amico fideli nulla est comparatio, et non est ponderatio contra bonitatem illius. Amicus fidelis medicamentum vitae, et, qui metuunt Dominum, invenient illum. Qui timet Deum, aeque habebit amicitiam eius, quoniam secundum illum erit amicus illius”.

(Eclo 6,8.10.14-17)

 

7. “A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher que teme o Senhor é a que se deve louvar”.

“Fallax gratia et vana est pulchritudo; mulier timens Dominum ipsa laudabitur”.

(Prov 31,10)

 

8. “Não imitarei aquele a quem a inveja consome, porque esse tal não tem nada a ver com a Sabedoria”.

“Neque cum invidia tabescente iter habebo, quoniam ista non erit particeps sapientiae”.

(Sb 6,23)

 

9. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. […] Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade. Porém, a maior delas é a caridade”.

 “Si linguis hominum loquar et angelorum, caritatem autem non habeam, factus sum velut aes sonans aut cymbalum tinniens. Et si habuero prophetiam et noverim mysteria omnia et omnem scientiam, et si habuero omnem fidem, ita ut montes transferam, caritatem autem non habuero, nihil sum. Et si distribuero in cibos omnes facultates meas et si tradidero corpus meum, ut glorier, caritatem autem non habuero, nihil mihi prodest. Caritas patiens est, benigna est caritas, non aemulatur, non agit superbe, non inflatur, non est ambitiosa, non quaerit, quae sua sunt, non irritatur, non cogitat malum, non gaudet super iniquitatem, congaudet autem veritati; omnia suffert, omnia credit, omnia sperat, omnia sustinet. […] Nunc autem manet fides, spes, caritas, tria haec; maior autem ex his est caritas”.

(1Cor 13,1-7.13)

 

10.  “De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem. Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril? Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar? Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas. Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus. Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? Do mesmo modo Raab, a meretriz, não foi ela justificada pelas obras, por ter recebido os mensageiros e os ter feito sair por outro caminho? Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta”.

“Quid proderit, fratres mei, si fidem quis dicat se habere, opera autem non habeat? Numquid poterit fides salvare eum? Si frater aut soror nudi sunt et indigent victu cotidiano, dicat autem aliquis de vobis illis: ” Ite in pace, calefacimini et saturamini “, non dederitis autem eis, quae necessaria sunt corporis, quid proderit? Sic et fides, si non habeat opera, mortua est in semetipsa. Sed dicet quis: ” Tu fidem habes, et ego opera habeo “. Ostende mihi fidem tuam sine operibus, et ego tibi ostendam ex operibus meis fidem. Tu credis quoniam unus est Deus? Bene facis; et daemones credunt et contremiscunt! Vis autem scire, o homo inanis, quoniam fides sine operibus otiosa est? Abraham, pater noster, nonne ex operibus iustificatus est offerens Isaac filium suum super altare? Vides quoniam fides cooperabatur operibus illius, et ex operibus fides consummata est; et suppleta est Scriptura dicens: ” Credidit Abraham Deo, et reputatum est illi ad iustitiam “, et amicus Dei appellatus est. Videtis quoniam ex operibus iustificatur homo et non ex fide tantum. Similiter autem et Rahab, meretrix nonne ex operibus iustificata est suscipiens nuntios et alia via eiciens? Sicut enim corpus sine spiritu emortuum est, ita et fides sine operibus mortua est”.

(Tg 2,14-26)

 

E para você? Quais são as mais belas frases da Bíblia?

jul 302012
 

Vaticano_Fotos_Sao_Pedro_Igreja_Catolica_Cidade_Citta_Vatican_City_20090818_FB_ITA_spierre_03_Praca_Piazza_square_Saint_Peter_Plaza_San_Pedro - CopyO hino do Vaticano ou do Papa é conhecido em italiano como Inno e Marcia Pontificale. A versão oficial italiana é de autoria de Mons. Antonio Allegra (1905-1969).  A música foi composta por Charles Gounod (1818-1893). O Hino Pontificio foi adotado oficialmente pelo Estado do Vaticano em 1949 e o texto latino foi composto por Mons. Raffaello Lavagna.

Hino pontifício em português

Ó Roma eterna, dos Mártires, dos Santos,

Ó Roma eterna, acolhe os nossos cantos!

Glória no alto ao Deus de majestade,

Paz sobre a terra, justiça e caridade!

A ti corremos, Angélico Pastor,

Em ti nós vemos o doce Redentor.

A voz de Pedro na tua o mundo escuta,

Conforto e escudo de quem combate e luta.

Não vencerão as forças do inferno,

Mas a verdade, o doce amor fraterno!

Salve, salve Roma! É eterna a tua história,

Cantam-nos tua glória monumentos e altares!

Roma dos Apóstolos, Mãe e Mestra da verdade,

Roma, toda a cristandade o mundo espera em ti!

Salve, salve Roma! O teu sol não tem poente,

Vence, refulgente, todo erro e todo mal!

Salve, Santo Padre, vivas tanto mais que Pedro!

Desça, qual mel do rochedo,

A bênção Paternal!

Hino pontifício em latim

O felix Roma – O Roma nobilis.

Sedes es Petri, qui Romæ effudit sanguinem,

Petri, cui claves datæ sunt regni cælorum.

Pontifex, Tu successor es Petri;

Pontifex, Tu magister es tuos confirmas fratres;

Pontifex, Tu qui Servus servorum Dei,

hominumque piscator, pastor es gregis,

ligans cælum et terram.

Pontifex, Tu Christi es vicarius super terram,

rupes inter fluctus, Tu es pharus in tenebris;

Tu pacis es vindex, Tu es unitatis custos,

vigil libertatis defensor; in Te potestas.

Tu Pontifex, firma es petra, et super petram hanc ædificata est Ecclesia Dei.

O felix Roma – O Roma nobilis.

Texto antigo

Há também o texto latino composto por Evaristus Anversus que não perde em beleza. Foi entoado pela última vez em 1950.

Roma, alma parens, Sanctorum Martyrumque,
Nobile carmen, te decet, sonorumque,
Gloria in excelsis, paternae maiestati
Pax et in terra fraternae caritati

Ad te clamamus, Angelicum pastorem:
Quam vere refers, Tu mitem Redemptorem!
Magister Sanctum, custodis dogma Christi,
Quod unum vitae, solamen datur isti.

Non praevalebunt horrendae portae infernae,
Sed vis amoris veritatisque aeternae.

Salve, Roma!
In te aeterna stat historia,
Inclyta, fulgent gloria
Monumenta tot et arae.

Roma Petri et Pauli,
Cunctis mater tu redemptis,
Lumen cunctae in facie gentis
Mundique sola spes!

Salve, Roma!
Cuius lux occasum nescit,
Splendet, incandescit,
Et iniquo oppilat os.

Pater Beatissime,
Annos Petri attinge, excede
Unum, quaesumus, concede:
Tu nobis benedic.

jul 202012
 

Revista Lumen Veritatis Arautos do Evangelho Tomista São Tomás de Aquino Artigos AcadêmicosRevista de Inspiração Tomista

Os homens e as mulheres de nosso tempo, cansados de procurar a verdade em sistemas de pensamento extremamente contrapostos e diversos, estão sedentos de beber de uma fonte límpida e clara, de haurir a certeza numa escola de pensamento cristã, a qual ofereça um sistema não-sujeito às limitações que o divórcio entre a realidade natural e a sobrenatural impõe à inteligência e à vontade humanas.

Por isso, longe de qualquer anacronismo, o estudo e a pesquisa das fontes tomistas contribuem com uma resposta convincente e profunda àqueles que procuram o alcandor e o esplendor da verdade. Convidamos os leitores de Lumen Veritatis a usar este meio de estudo e reflexão com o mesmo espírito que animava São Tomás de Aquino a se lançar à busca da sabedoria, tendo bem presente que a vida intelectual de nosso Santo Doutor esteve profundamente animada pelo desejo de encontrar Deus vivo e verdadeiro e de amá-lo tanto quanto fosse possível a uma criatura humana.

Lumen Veritatis é uma Revista de publicação Trimestral, publicada pelo Instituto Teológico São Tomás de Aquino (ITTA) e pelo Instituto Filosófico Aristotélico-Tomista, e pretende ser um instrumento de divulgação do pensamento de São Tomás de Aquino e de incremento da cultura cristã, promovendo um diálogo crítico entre o pensamento escolástico e as demais correntes filosóficas. Procura ela ser um vínculo de divulgação aberto também aos pesquisadores graduados, sem contudo abrir mão do rigor e da qualidade da produção acadêmica.

Pedidos Editora Lumen Sapientiae Livros e Revistas Católicas

Assinatura on-line pelo link:

http://revistaacademica.arautos.org/site/form

abr 202012
 

Leitores_escrevem_depoimentos

Um ano de Praecones Latine:

Escrevem os leitores

Queridos amigos,
Fiquei muito feliz em descobrir este site.
Sou professor universitário, com dois doutorados e sinto muita falta de exercitar a etimologia de nossa língua inserindo as origens da língua mater. Embora não seja professor de português, tive uma ótima base da língua em escolas militares, inclusive sou do tempo onde o latim fazia parte da grade escolar. Gostaria de estar em sintonia com os senhores.
Meus alunos, apesar de serem uma elite (Universidade Federal) nada conhecem do latim. Muitos me chocaram em não saber o que era “este tal de latim”.
Por favor, continuem em sua missão!
Um abraço Prof. Edgard Thomas Martins (Universidade Federal de Pernambuco)

Professores

Sou professor de Latim, Grego e Hebraico Bíblico e Moderno.
Fiquei feliz com a existência deste site com que a Língua Latina tem seus valores resgatados. Não considero o Latim uma língua morta, muito ao contrário, é uma das mais vivas do mundo, não só pelas línguas que deu origem, mas sobretudo pela opulência de sua estrutura original.
Quero aproveitar a oportunidade para congratular-me com o autor do site e dizer-lhe que doravante sou seu fiel seguidor com que buscarei incorporar aos meus valores e conquistas acadêmicas os ensinamentos aqui instruídos.
Parabéns!

Pedro Borges dos Anjos (Instituto de Idiomas Polycenter)

Da França

Bonne initiative que ce site étudiants! Il y a de l’idée, et quoi de mieux pour réhabiliter le latin.

Site des etudiants

De Franca…

Boa noite,

Chamo-me Hamilton. Resido em Franca, 440 km da Grande São Paulo, cidade próxima de Ribeirão Preto. Ela é conhecida como a capital do calçado masculino.
Bem, navegando na internet, deparei-me com este site muito interessante, pois sou professor de latim, além de inglês, alemão e esperanto. Não é fácil encontrar um site como esse sobre o latim, mesmo porque o latim ainda é bem fraco no Brasil, pois lá fora é bem difundido.
Ministro aulas em uma escola de idiomas e também em um seminário aqui em Franca.
Espero manter contato com vocês.
Obrigado.

Hamilton

De Roma

S.P.D. Latine Hudson! Gratulationes ingentes vobis porgo pro hoc vestro labore!
Inter meos discipulos in Latino curso pervulgabo istius loci interretialis notitiam!
Inter consocios vestros apud Athenaeum Pontificium “Regina Apostolorum” Romae studui et Collegium Internationale “Maria Mater Ecclesiae” apud viam Aureliam remoratus sum!
Cura, ut bene valeas!
Mag. Hudson Canutus!

(Filósofo e professor de Latim e Italiano na Casa de Cultura Latino-Americana da UFAL)

De Miami

Macte estote virtute! Laudo conamina vestra quibus vultis sermonis latini disseminare cultum. Utinam orerentur inter vos qui Ecclesiae Catholicae linguam elegantissimo quoque dicendi genere loqui et scribere valuerint.

Vere nobilissimum est inceptum cognitionem linguae latinae, praesertim in Ecclesia, fovere et augere. Paulus VI, summus pontifex dixit magnum Ecclesiae praestare auxilium omnem christifidelem qui studio sermonis latini vacat. Proh dolor, his diebus, linguae latinae cultus, ubique terrarum necnon in Ecclesia Catholica dormitat. Congratulor idcirco tibi quia studium hujus sermonis non negligis. Ego non sum linguarum magister. Paterfamilias sum et munere meo fungor in administratione fiscali. Consodalis sum autem consociationis canonicae nomine Familia Sancti Hieronymi, cujus membra sibi suscipiunt opus utendi, studendi, provehendique linguam latinam vivam, Ecclesiae Catholicae propriam, quam imprimis quotidiano usu oportet discere. Lingua latina enim, sicut omnes linguae, phenomenon est acusticum. Oportet illam discere auribus et ore potius quam oculis. Magni igitur momenti est auscultare linguam latinam et experiri sermonis romani usum vivum. Nos, membra Familiae S. Hieronymi quotannis convenimus ut paucos dies simul maneamus ubi tantummodo latine inter nos confabulamur. Nonnulla de his nostris inceptis apud sequentem situm legi possunt: www.hieronymus.us.com

Andreas Meszaros (Familia Sancti Hieronymi – USA)

De um grande abade

É uma alegria perceber o interesse de alguns a falar sobre o nosso amado fundador em momentos tão reflexivos que vive a Igreja. Parabéns aos seus idealizadores! Que Deus abençoe a todos!

Mosteiro de São Bento, São Luis do Maranhão.

Dom Leão, OSB.

De Portugal

Estimados(as) Afilhados(as) e Afilhadas,

Ave Maria,

Como sói acontecer, é excelente este “tópico” do sítio dos Arautos.
Parabéns, também, por possibilitar-nos mais cultura.
Sinceramente,
Fernando Geribello

Explicações claras

Estão bem claras, as explicações. O ensino de latim deveria fazer parte do currículo do ensino médio porque iria facilitar a aprendizagem da língua portuguesa e a formação dos vocábulos. Está na hora de exigir mais dessa juventude que tem inteligência potencial e descobrir mais intelectuais! Nosso querido País está precisando!

Terezinha Lopes Ruela Pereira

Método

Gostei muito. É muito interessante essa forma que vocês ultilizaram. Continuem! Já divulguei o site para outras pessoas, e elas ficaram interessadas.

José Jamerson

Do Seminário

Salve Maria!
Elogio-vos pela qualidade das informações nesse site. Sou seminarista e muito gostaria de cultivar a língua latina (oficial da igreja), mas sofro muito preconceito, infelizmente, até pelos próprios padres da Igreja, e sinto-me sufocado. Muito bom o blog. Parabéns pelo trabalho e continue nos ensinando de forma tão pedagógica.
Eduardo

 Vontade de aprender

Deus é providente!!! E ama muito os seus. Eu estava com muita vontade de aprender LATIM e não sabia por onde começar e, acessando o site dos Arautos do Evangelho encontrei essa maravilha Praecones Latine. Deus os abençoe cada vez mais. Amém!

Raquel Araújo

 Testemunho de fé

Parabéns
Fiquei feliz em saber que os Arautos colocaram para o publico fiel aquilo que a eu ver foi escondido por muito e hoje vem a tona com uma beleza e uma leveza de alma, Residum revertetum. Vejo que a igreja renasce do coração imaculado de Maria como uma flor perfumada e tende a invadir os mais profundos recônditos da alma e transformá-la em semente para esse novo reino que os senhores estão fundando: o reino de Maria.
Parabéns!

Agnaldo ferreira

 Fomentando o gregoriano

Salve Maria! Fiquei contentíssima de encontrar este post, pois participo de um coral de pais que está aprendendo a cantar músicas para celebração eucarística, e justamente estamos aprendendo sobre o gregoriano (desde a origem até a ler partituras). Já acompanho as publicações sobre Latim neste post a algum tempo, sendo muito apreciado pela minha família. Muito obrigada, e que Nossa Senhora lhes pague.

Tania

Liturgia

Idéia louvável. O conhecimento do canto gregoriano, suas letras e melodias, é de muita importância para nosso aprendizado pois facilita o acompanhamento da linda Liturgia Eucarística dos Arautos.

Margarida Guimarães Santos

Língua da Igreja

Graças a Deus encontrei um site maravilhoso que nos permite aprender o que a Igreja fundada por Jesus Cristo nos ensina, na língua da Igreja. Obrigada!

Necimar de Jesus F. Aragão

Uma sugestão para o futuro

Salve Maria!

Fiquei muito contente com esta possibilidade de aprender latim. Peço a Deus que este curso seja um sucesso e o primeiro de muitos. Quiçá, no futuro, grego e hebraico antigos também sejam objetos de cursos.

Aurélio Aranha

fev 232012
 

8 motivos para estudar latim

037_20071016_gk51. A língua latina passou para a História como o idioma no qual a maioria dos autores clássicos, medievais e modernos escreveram suas obras. Desde os antigos (Sêneca, Cícero, Terêncio e Júlio César) passando pelos medievais (Santo Agostinho, Santo Isidoro, São Tomás de Aquino e São Anselmo) até os modernos (Isaac Newton, Descartes, Erasmo, Copérnico, Francis Bacon e Thomas Morus) legaram à humanidade obras em latim. Inclusive Nietzsche tem livros e frases famosas em latim.

2. Essa língua é considerada uma das maiores fontes do conhecimento ocidental em diversas disciplinas como teologia, história, direito, filosofia, poesia e ciências biológicas, físicas e químicas. O conhecimento do latim dá acesso à fonte original do pensamento contemporâneo. Sem o conhecimento ainda que básico desse idioma não pode haver pesquisa e pensamento profundo.

3. O latim é a língua da qual derivou as línguas romances, isto é, o português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno. A aprendizagem do latim facilita a compreensão e o aprofundamento das línguas românicas. É a origem do português, a língua de nossa pátria.

4. Segundo diversos pesquisadores que com seus estudos confirmaram o senso comum dos nossos antepassados, a língua latina desenvolve o raciocínio abstrato e analítico por causa do uso das declinações. Cria o hábito da análise sintética durante a leitura e a fala, tornando gradualmente o pensamento mais organizado ao disciplinar a mente.  Segundo alguns confere maior clareza de julgamento.

5. Aumenta a capacidade de concentração e proporciona maior agilidade mental. De tal forma o latim é benéfico para a vida intelectual que ainda hoje em países de fala alemã, se estuda o latim.

6. O Direito Romano é o fundamento dos princípios que regem a legislação atual. Não é preciso explicar a importância do latim para o jargão de um estudante ou docente de direito.

7. Para um católico, o latim se torna ainda mais necessário, pois com exceção da Bíblia, as fontes teológicas, ou seja, os documentos pontifícios e a maioria dos escritos patrísticos, foram escritos em seu original na língua latina.

8.  A liturgia do Rito Latino assim como o cântico gregoriano foram escritos originalmente em latim.

set 192011
 

Fundação da Igreja

Quando alguém empreende, por exemplo, a construção de uma igreja, em sua  mente está um plano cronológico: começa por colocar os alicerces para depois levantar as paredes, sobre as quais serão postas as vigas que sustentarão o telhado, e por fim vem a cobertura. Completando a obra ele poderá construir uma bela torre, nela colocar sinos, e encimá-la com uma cruz. Seguem-se os acabamentos, a colocação do altar, do sacrário, das imagens, dos bancos, etc. Terá, deste modo o edifício concluído.

Se isso é assim na mente do construtor, não o é todavia, na do idealizador. Com efeito, tem este um objetivo primeiro: propiciar ao povo de Deus um contato vivo com a Palavra, com os Santos Mistérios e sobretudo com Jesus Eucarístico, nas celebrações litúrgicas, na sagrada comunhão ou nos momentos de adoração. Em ordem a esse objetivo tudo o mais é concebido numa seqüência logicamente inversa a da construção: em primeiro lugar estão o altar e o sacrário onde Jesus se fará sacramentalmente presente, depois o ambão no qual pelas leituras litúrgicas o Pai que está no céu sai amorosamente ao encontro de seus filhos para conversar com eles (DV,21); em seguida os espaços onde os filhos se reunirão para conviverem entre si, e com o Pai; e por fim o teto as paredes e os alicerces que garantem e tornam acolhedores estes espaços. É neste sentido que fala o velho princípio da Escolástica: primum in intentione, ultimum in executione (o primeiro na intenção é o último na execução)

Deste mesmo modo podemos entender a Igreja nos planos de Deus. Efetivamente, o Criador chamou do nada à existência, os seres minerais, vegetais, animais, as criaturas humanas, e depois de muitos milênios realizou sua obra prima: a encarnação do Verbo, no seio da santíssima Virgem Maria, sua vinda ao mundo, e por Ele, com Ele e nEle, a sua Santa Igreja, Arca da Aliança e Porta do Céu. Não é possível, entretanto, que na intenção divina, a Humanidade Santíssima de seu Filho intimamente unida a Maria e sua Santa Igreja, não tenham estado presente, desde toda a eternidade, como o primeiro ato da criação.

Compreendemos assim a verdade tão cara aos primeiros cristãos e aos Santos Padres: o mundo foi criado em vista da Igreja (1). Assim [diz São Clemente de Alexandria] como a vontade de Deus é um  ato e se chama mundo, assim também sua intenção é a salvação dos homens e se chama Igreja (2). A Igreja Católica, foi prefigurada desde a origem do mundo(3). Ou seja, dispôs o Senhor Deus que por muitos sinais, ao longo da história da salvação, se manifestasse seus eternos desígnios para com sua Igreja: a Antiga Aliança, a constituição de um povo de Deus, Sião a cidade santa, o Templo de Jerusalém, etc.

Preparada na Antiga Aliança (4), com a vocação de Abraão (5), e a constituição de Israel como povo de Deus (6), contraiu o Senhor a “Nova e Eterna Aliança” em Jesus Cristo (7). Com efeito, aprouve a Deus santificar e salvar os homens, não singularmente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituí-los num povo, que O conhecesse na verdade e santamente O servisse (LG, 9, 1). Constituiu assim a Antiga Aliança estabelecida com o povo hebreu, prefigura e semente na Nova, formada com o povo de Deus do Novo Testamento.

Instituída por Jesus Cristo (8) — que vindo para  realizar os eternos desígnios salvíficos do Pai, consumou sua “missão no Mistério Pascal ” (9) —, a Igreja, Sacramento de Salvação, perpetua no mundo a presença e a ação redentora de seu divino Fundador.

Escolheu os Doze, representando as doze tribos de Israel (10) tendo à frente Pedro como chefe daquele pequeno rebanho (11), e os estabeleceu como pedras vivas da fundação da Nova Jerusalém (12). Mas foi sobretudo do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na quinta feira santa com a instituição da Eucaristia, e realizado de modo cruento na Cruz, que nasceu a Santa Igreja. Os Santos Padres exprimem, belamente, essa verdade dizendo que a Igreja nasceu do lado de Cristo aberto pela lança. Outrossim aprouve ao Pai que, terminada a obra confiada ao Filho na Terra, fosse a Igreja santificada e manifestada ao mundo com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes. Estava esta, pois, pronta para iniciar a missão à qual seu divino Fundador lhe chamara (13).

A escolha dos Doze, o sacrifício na Cruz antecipado na Última Ceia, e a descida do Espírito Santo em Pentecostes são três significativos “atos fundantes” da Igreja. Mas sua consumação, e com ela a do mundo, se dará tão somente na glória celeste, quando da segunda vinda, triunfante, de Cristo Senhor, a parusia. Até lá a Igreja,  Peregrina, vai perpetuando na terra, em paz ou na tribulação, a obra d’Aquele que passou fazendo o bem ( At 10, 38).

set 112011
 
História para crianças… ou para adultos cheios de fé

Você morreu por mim…

O fanfarrão levantou a cabeça, e os olhos do Cristo pareciam estar cravados nos seus. Esforçou-se, mas não conseguiu escapar desse olhar.
Elizabeth MacDonald

Para visualizar a tradução para o latim por Pablo Kangiser, clique aqui.

fielajoelhadodiantedacruzjesusmorreucatedralpiedadefeamororacaorezaEm meio ao ruído, à fuligem e ao intenso movimento da Quinta Avenida, em Nova York, conversavam diversos rapazes, alguns sentados no chão, outros nos degraus de um dos famosos pontos dessa enorme cidade: a Catedral de São Patrício. Pouco educados, roupas mal cuidadas e atitude frívola, eles eram simplesmente um grupo a mais de jovens que, nos tristes anos da década de 1930, passavam a melhor parte da vida a vagabundear pelas ruas das grandes metrópoles.
Naquela tarde de verão, eles pareciam estar de ânimo mais exaltado que de costume. Um deles — alto, sardento, ruivo e com ares de valentão — era o centro da agitada conversa, melhor dizendo, algazarra. Com muitos gestos, jactava-se de suas brigas e proezas. Na verdade, ele tinha algumas qualidades importantes para quem decidiu passar a maior parte da vida na rua: era ágil, atrevido e desafiante.
Inesperadamente, um de seus companheiros, talvez já farto de tantas fanfarronadas, lançou-lhe um desafio:
— Olha, brigar contra dois ou três, atravessar à noite o rio a nado… muita gente faz. Se você é mesmo corajoso como diz, entre agora nesta igreja “grandona”, vá ao confessionário e faça uma confissão em regra! Vá… Vá, e venha nos contar depois como o padre ouviu seus pecados e que resposta lhe deu…
Essa proposta foi acolhida com uma estrondosa gargalhada. Fazer uma falsa confissão e depois divertir-se à custa do ministro de Deus, nunca ninguém tinha pensado numa tão boa idéia! Todos os olhos estavam fixos no fanfarrão, observando como reagiria.
Este decidiu-se logo. Com ares de bravura, caminhou com passos largos em direção ao imponente portal de bronze da igreja, enquanto seus comparsas o estimulavam com risos, palmas e assobios.

Não obstante, uma vez ultrapassada a maciça porta, viu que de nada lhe adiantava continuar simulando valentia, pois a catedral estava vazia. Os poucos ruídos da cidade que ali penetravam, amainavam-se nas grossas paredes, pareciam transformados e até mesmo em algo enobrecidos. A luz do sol, filtrando através dos vitrais, resplandecia em tons de rubi, safira e esmeralda. Em meio à penumbra, grandes colunas erguiam-se majestosamente do piso de pedra e perdiam-se num céu de ogivas.
Sem perceber, o “herói” da rua ia-se deixando impressionar por esse ambiente de sacralidade totalmente desconhecido para ele, mas logo lembrou-se do objetivo com o qual ali entrara, e reagiu: “Ora bolas! Eu nunca fui de prestar atenção nessas coisas! Vamos terminar com isso!”
Afundou as mãos nos bolsos e caminhou apressado até o confessionário. Percebendo através da grade o vulto de um padre, ajoelhou-se de modo grosseiro e ruidoso, e sem cerimônia lançou uma verdadeira torrente de abominações. Ele não deixou nenhum detalhe oculto; pelo contrário, ressaltou os aspectos que, na sua opinião, deveriam causar maior choque e repulsa. Descreveu tudo num tom de deboche que por certo teria causado surpresa até mesmo a seus camaradas. Após alguns minutos dessa violência verbal, na qual não faltaram injúrias e insultos ao sacerdote, encerrou a “confissão” tão abruptamente como havia começado.
No entanto, recebeu como única resposta um grave silêncio. Meio perplexo, estava já a ponto de levantar-se e sair, quando foi detido pela voz serena e segura do ministro de Deus, o qual tudo ouvira impassível:
— Bem, meu filho, já que você teve a coragem de “confessar” seus pecados, vejamos se é capaz também de cumprir a penitência que vou lhe impor. Na nave lateral da igreja você encontrará um grande crucifixo; pondo-se diante dele, diga em voz alta a seguinte frase, apenas dez vezes: “Você morreu por mim e eu não me importo com isso!”
Por essa o meliante não esperava! Imaginava que o padre ficaria intimidado ou, melhor ainda, furioso. Seu plano era representar a comédia da confissão e retirar-se logo em seguida, para contar à gangue sua espetacular “proeza”, mas pensou um pouco e decidiu prolongar a farsa: “Vou cumprir a penitência, pois isso vai tornar ainda mais divertida a brincadeira!”

Saindo do confessionário, a igreja parecia-lhe ainda mais magnífica que antes… Dirigiu-se para a nave lateral, mas sentiu-se perturbado ao ouvir os sons de seus próprios passos, pois naquele ambiente sacral até as menores coisas eram carregadas de gravidade e significado.
Foi fácil achar o crucifixo. Olhou em volta atentamente e percebeu com alívio que, além dele, só havia ali a silenciosa imagem do Crucificado. Com as mãos enterradas nos bolsos, parou bem em frente e disse em alta voz:
“Você morreu por mim e eu não me importo com isso!”
Sua voz reboou pelos arcos da catedral. Ele não se lembrava de jamais ter estado nalgum lugar tão silencioso como aquela igreja. Inquieto, segurou durante alguns instantes a própria respiração, para ouvir melhor o que acontecia…
Depois de uma pausa, com os olhos fixos no crucifixo, repetiu a frase. Mas já não ousou falar alto, seu tom era quase sussurrado:
“Você morreu por mim e eu não me importo com isso!”
A imagem do crucifixo parecia absorvê-lo… Como explicar isso? Não era senão uma escultura pendurada em um pedaço de madeira. O que havia naquilo capaz de atrair tanto a atenção de alguém? Oh! era a expressividade de toda a figura, especialmente da fisionomia. Como alguém tão cheio de ferimentos poderia estar tão calmo? Era uma calma cheia de paz, e sem ressentimentos, a despeito das provas evidentes de ter sido vítima dos mais violentos maus-tratos.
O rapaz parou, hesitante, e esfregou os olhos. “Droga, estou ficando impressionado…” Após uma pausa maior que a anterior, repetiu a terrível frase:
“Você morreu por mim e… eu… eu… não me importo com isso!”
Dessa vez, porém, disse olhando para o chão. “Como é isso? Então não tenho coragem de fitar uma estátua?” Levantou a cabeça, e os olhos do Cristo pareciam estar cravados nos seus. Esforçou-se, mas não conseguiu escapar desse olhar. Começou a sentir um suor na testa. Tentou mais uma vez:
“Você morreu por mim e… eu… eu… não…”
Não terminou a frase. Sua voz ressoava em seus próprios ouvidos como um carrilhão. Parecia-lhe que já nada mais havia em torno de si. Somente aquele olhar, fincado no seu. As palavras latejavam em sua cabeça: “Morreu por mim… Morreu por mim… Morreu por mim…”

Quando se deu conta, estava ajoe­lhado, ou melhor, sentado sobre as próprias pernas, e tinha o rosto coberto de lágrimas. Quanto tempo teria ficado ali? Com dificuldade, levantou-se, e parecia mudado. Em algum lugar de seu coração, acendera-se uma luz. Agora ele via claramente que existe um Deus, e este Deus é bom. Não, não podia mais rir d’Ele, não podia mais ofendê-Lo. Não podia mais pecar!
Saiu correndo, de volta ao confessionário. Lá continuava pacientemente o mesmo sacerdote, ao qual fez uma autêntica e sincera confissão. Algumas semanas depois, os franciscanos recebiam mais um noviço. Milagres como esse, só os faz Aquele manso e silencioso mártir pendente do madeiro. Aquele cujos divinos olhos possuem mais eloqüência do que todas as palavras que já foram ou serão ditas…

set 112011
 

Pro me mortuus es

Pueris et plenis fide adultibus
In lusitane, hic.

Adulescentulorum coetus in Novi Eboraci Via Quinta, anno fere 1930º, in praestantissimo urbis loco blatterandi causa factus erat; alii in solo alii in scalis Sancti Patricii Ecclesiae Cathedralis sedebant; ubique crepitus pollutio transitus; litterarum ignari, vestibus incompositi, habitu frivoli, similiter ac multi eo tempore iuvenes vitam primaevam in magnis urbibus vulgivagi degebant.

Tempore postmeridiano et aestivo, plus solito excitati erant; unus ex iis procer, sparso ore, rubicundus, vaniloquus, sibi spiritus adeo sumebat ut in media disputatoria sermocinatione versaretur; rixas facinoraque sua gesticulans magnis vocibus praedicabat; excellebant in eo illae virtutes, quibus ii utuntur, qui vitam fere totam in plateis viisque degunt: erat agilis, audax semperque minitans.

fielajoelhadodiantedacruzjesusmorreucatedralpiedadefeamororacaorezaUnus ex eius amicis, de vaniloquentia forte defessus, in hoc certamen provocavit:

“Heus, –inquit- multi sunt qui adversus duos tresque pugnaverunt vel qui nocte flumen tranarunt; sed si fortis es validusque in hanc grandem ecclesiam nunc intra, confessionarium adi et parocho peccata tua dices; deinde ad nos reverte ut quomodo auditus sis et quid tibi dixerit narres”.

Magno cachinno ista provocatio approbata est; nemo antea ausus erat falsam confessionem dicere et postea sacerdotem ludificare; lepidissimum consilium iudicarunt; in vaniloquum omnium oculi se converterunt ut responsum audirent.

Sine mora, maximis passibus, habitu gravis in aeneas templi valvas incessit; contubernales rissu, plausu, sibilis eius animum exitabant.

Cum in templum intravisset, audaciam simulare inutile esse iudicavit; Ecclesia Cathedralis vacua erat; urbani crepitus, qui magnas parietes transibant vix audiebantur nec molestiam afferebant; lux solaris per vitreas fenestras rubea et caerula et viridis splendebat; altae columnae ex solo petreo usque ad obscura tecti fastigia firmissimae pertinebant.

Noster egregius erro ex altaribus rebusque sacris, quas adhuc ignorabat, quandam divinam animationem paulatim capiebat; sed statim consilii iam capti meminit et sibi dixit: “nugae! istae res curae mihi numquam fuerunt; iocum perficiamus”.

Manibus in sacculis ad confessionarium incedit; sacerdotis imago trans velamentum videbatur; genua rustice flexit et sine mora verba sacrilega impiaque vomuit; facinora non solum singillatim narravit sed etiam ea, quae peiora et vitperanda iudicavit, latius descripsit, adeo ut eius contubernales quoque obstipuissent; postea quam aliqua verba canina protulit, quae et sacerdotem laedebant, finem confitendi subito fecit, eiusdem igitur modi atque inceperat.

Attamen pro responso id unum accepit scilicet grave silentium; tum haesitavit et cum dein erat foras profecturus, vocen impavidi sacerdotis tranquillam audivit:

“Fili mi, quoniam ut peccata confiterere valuisti, nunc videamus utrum paenitentialem poenam, quam imponam, sis soluturus necne;  ito in laterale pronaos ubi est magna crux cui Iesu imago est affixa; apud Eum genua flecte et decies hanc orationem orabis: Tu pro me mortuus es et id mea minime interest”.

Protervus ille nihil simile exspectabat; putabat sacerdotem formidaturum vel potius iraturum esse, nam sibi proposuerat confessionis fabulam agere et ad contubernales revertere ut audacias nararet; attamen parumper excogitavit et fabulam totam agere decrevit: “poenam poenitentialem solvam et ludibrium magis laudandum habebimus”.

Facile Christi Crucem invenit; cum attente circumspexisset, se unum Cruci adesse comperit curaque se liberavit, nam sub alterius oculis esse nolebat; tunc superbus et arrogans, limpida voce dixit: “Tu pro me mortuus es et id mea minime interest”.

Sub ecclesiae arcibus et loco silentissimo vox resonavit; nunquam antea in tali loco fuerat; spiritum tenuit quo distinctius sonitus audiret.

Parumper tacuit et deinde Crucem intuens orationem iteravit, at nunc vix mussavit Tu pro me mortuus es et minime id mea interest.

A Christi imagine teneri videbatur; quid tandem? nonne agebatur de statua ligneae cruci affixa? qua de causa sui oculi sic intuebantur ut aliorsum vertere nequirent? imagine sane, quae pacem vultu praesertim significabat; quoquo modo, tantis vulneribus acceptis, pacatum se praebebat? erat enim in quiete plenus pacis et sine odio, quamquam cruciatum omnem passus erat.

Adulescentulus haesitavit et oculos suos fricavit: “Heus -sibi dixit- num commoveri sinam? denuo diutiusque tacuit et gravem orationem iteravit: “Tu pro me mortuus es et id… id mea minime interest”.

Nunc tamen, oculis in solum conversis, oravit; sed ipse se interrogabat: quid mihi accidit? statuam nonne intueri valeo? caput erexit et Cristi oculi videbantur in suos defixi, et quamvis cupiret vultum vitare, omnino nequit; incepit sudare; iterum ausus est dicere: “Tu pro me mortuus es et… et id… id minime…”.

Neque orationis finem fecit; vocem suam velut si inter campanas sonantem audiebat, dum omnia circunstantia evanescere videt; id unum aspiciebat: caput spinis coronatum, quod oculos in suos defixerat, verbaque in pectore ab se ipsa iterabantur: Tu pro me mortuus es… mortuus es…”.

Cum expergiscitur, super talos, genibus flexis, sedebat, vultu lacrimis madido; nesciebat quamdiu ibi fuisset.

Vix surrexit; homo alter esse diceres; lux in cordis sui particula elucere incipiebat; nunc Deum esse penitus perspiciebat et Deum esse bonum; iam Eum illudere nequibat, nec  facinoribus iterum vexare; a peccatis erat discedendum.

Ad confessionarium cucurrit; ibi sacerdos patienter exspectabat; nunc veram sinceramque confessionem fecit; paucis hebdomadibus interiectis, illum monachi Fransciscani fratrem novicium receperunt.

Eiusmodi miracula a quieto et tacito Martyre qui de ligno pendet tantum aguntur; oculorum Eius acies multis verbis eloquentior est.

Ex ephemeride c.t. HERALDOS DEL EVANGELIO, Nº38, Sept. 2006

Scripsit Elisabetha MacDonald

Aliquot verba dempta sunt quo facilius lectio fieret cursoria.

Latine aptavit et transtulit  Paulus Kangiser

set 092011
 

Conspectus Alphabeticus

Ab ore ad aurem

Aquam funibus!

Ave Maria in latine

Codex Iuris Canonici

De veterum Romanorum institutione

Fabula pueris et plenis fide adultibus: ut recorderis

Fabula pueris et plenis fide adultibus: pro me mortuus es…

Hymnus Brasiliensis

Pater Noster in latine

Quare Beatus Ioannes Paulus II novum Codicem Iuris Canonici promulgavit?

Quid est Evangelii Praecones?

Quis simus?

Quommodo dicere Salve Regina in latine?

Societas Clericalis Vitae Apostolicae Iuris Pontificii Virgo Flos Carmeli

(Altera articula in hoc loco inserentur)

Museo Gregoriano Profano_Coliseu_Colosseum_Kolosseum_Coliseo_Roma_Italia_Italy_City_Urbs

set 072011
 

Luz no horizonte

Ensaio do Pe. José Arnóbio Glavan, EP

Em fins de 303, no auge da perseguição e quando Diocleciano se preparava para comemorar sua vicennalia (20 anos de reinado), o Império é abalado por uma surpreendente e misteriosa notícia: os dois imperadores, Diocleciano e Maximiano acabavam de abdicar, simultâneamente em Nicomédia e Milão, e se retirar para  províncias distantes. Haviam, entretanto, promovido à condição de Augustos, os dois Césares Galério e Constâncio Cloro, este último, simpático ao Cristianismo e pai do futuro imperador Constantino. Também dois novos Césares surgiram: Flávio Severo no Ocidente e Maximino Daia no Oriente, este último inicialmente partidário de uma política de paz com os cristãos. Admiráveis desígnios de Deus começam a se fazer notar nas tramas do acontecer histórico!

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Os acontecimentos políticos levaram, mais uma vez, ao recrudescimento das perseguições, mas já não com unânime opinião entre os meios oficiais. Uma poderosa e crescente corrente de opinião, defendia uma política de paz.

Por nove anos o Império experimentou um período de caos, com sucessivas lutas pelo poder. Caos este que se prolongou, de certo modo, pelo reino de Constantino a dentro. Constantino a quem este emaranhado de acontecimentos acabou por projetar como figura exponencial, vinha abrir uma nova era para a Religião de Jesus Cristo. Galério, então Augusto no Oriente, tomado por pavorosa doença e vendo a morte se aproximar, procurou aliviar sua consciência decretando o fim das perseguições, no ano de 311, medida que contou com a aprovação de Constantino e do César Licínio. Tal fato estava a anunciar  monumental virada nos acontecimentos e na história da Igreja e da humanidade.

Impossível é determinar com exatidão o número de mártires desses dois séculos e meio de perseguições, e as opiniões oscilam entre cem mil a cinco milhões, por onde se vê a insuperável dificuldade de precisar uma cifra, ainda que aproximada. A realidade é que neste tempo, a Igreja Celeste acolheu em seu seio uma gloriosa coorte de santos, que completaram na carne o que falta às tribulações de Cristo (cf. Cl 1,24)

Constantino

Jovem, alto e forte, pelo seu porte e caráter Constantino impunha respeito. Sua mãe, cristã fervorosa e hoje venerada por toda a Igreja como Santa Helena, exercia sobre ele poderosa influência. Após a morte de seu pai, Constâncio Cloro, ascende ele à condição de Augusto, e seu valor militar, provado em sucessivas conquistas, lhe valem a admiração e dedicação das legiões romanas. Despontava assim como poder único e soberano o que, entretanto, não lhe poupou adversários. Maxêncio, Augusto de Roma, também pretendeu para si o poder supremo, e declarou-se único Imperador. Constantino veio lhe dar batalha às portas de Roma.

Imperador Constantino e Santa Helena em Kaysersberg, Alsacia, França

Imperador Constantino e Santa Helena em Kaysersberg, Alsacia, França

Corria o ano de 312 quando, a 27 de outubro, Constantino chegava a cidade dos Césares. No dia seguinte, pela aurora, o exército de Maxêncio, muito mais numeroso do que o de Constantino, vinha ao encontro deste, atravessando o rio Tibre pela Ponte Mílvia. Logo no primeiro embate, as forças de Constantino impuseram surpreendente derrota aos ocidentais que estes, recuando desnorteados, se afogavam no rio Tibre. Após esta batalha, Constantino que era pagão e adorador do Sol Invictus, converte-se e faz-se cristão. O que se teria passado? é esta uma questão que desafia a argúcia dos historiadores. Importantes documentos e monumentos da época, atestam que Constantino “invocou o Deus dos cristãos e lhe ficou devendo a vitória”.

É entretanto através do historiador Eusébio de Cesaréia, que se conhece os pormenores: Constantino, no momento de entrar em luta contra Maxêncio, apelou para o Deus dos cristãos e então viu, em pleno dia , uma cruz luminosa no céu com estas palavras: “In hoc signo vinces” (“Com este sinal vencerás”). Na noite seguinte apareceu-lhe Cristo convidando-o a fazer uma insígnia com o sinal da Cruz. A partir deste momento, tal insígnia nunca mais deixará de acompanhar os exércitos de Constantino, e ficou conhecida com o nome de Labarum (bandeira) e trazia uma  justaposição das letras gregas X e P, que correspondem as latinas CH e R, iniciais da palavra Christus. Tal símbolo ainda hoje é muito usado em sacrários, vestes litúrgicas e outros objetos sacros.

No ano seguinte era promulgado o famoso Edito de Milão, pelo qual Constantino punha fim, definitivamente, às perseguições, e declarava a liberdade da Igreja em todo o Império. Doou ao Papa sua própria residência, o Palácio Lateranense junto ao qual foi construída a primeira igreja cristã, a Basílica do Santíssimo Salvador ou de São João de Latrão como hoje é conhecida, e que vem a ser a igreja mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo (1). Foi porém um sucessor de Constantino, Teodósio I, dito o Grande, que levou às últimas conseqüências os seus atos, declarando no ano  390, o Cristianismo a  religião oficial do Império, e proscrevendo, em toda a extensão de suas terras, o culto pagão. As igrejas e catedrais se substituíram aos templos dos ídolos, e o culto dos falsos deuses cedeu lugar a adoração do verdadeiro Deus. A Igreja se encheu de monumentos, e a fé encontrava poderoso estímulo na realidade humana, quando os mais altos potentados da terra eram vistos, humildemente e de joelhos, a prestar homenagem, devoção e serviço, ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Tal situação trouxe, indubitavelmente, muitos benefícios para a Igreja. Não entretanto, sem lhe acarretar graves inconvenientes. Sobre isso trataremos mais adiante.

(1) Nesta basílica se veneram as tábuas da manjedoura em que nasceu o Menino Jesus, e em suas dependências foram realizados cinco concílios ecumênicos

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