ago 292011
 

Há emoções, belezas e realidades na vida que não são inteiramente exprimíveis pela linguagem humana. Dentre estas, uma nos deixa literalmente “sem palavras”: Deus.

Floresta_Boreal_Forest_Wald_automn_hervst_automno_Canada_USA_Bonitas_arvores_trees_Tronco_naturezaSim. Deus é inefável e o homem nem sempre encontra uma linguagem apropriada para definir sua essência e grandeza. A mente humana é extremamente limitada para poder entender toda a dimensão divina. Por mais que se esforce, jamais o homem poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou através do seu mero raciocínio. Como escreveu Santo Agostinho, “estes mistérios são grandes demais e contêm uma espécie de divino segredo, e se nós tentarmos desenvolvê-los como lhes convém, não teríamos nós nem tempo nem força para tal”[1].

Ao longo da sua história, o homem empreendeu uma admirável e rica epopeia para exprimir o ser divino usando todas as possibilidades da inteligência e de sua produção mais pura e sensível que é a palavra.

É precisamente este o tema que o Prof. Dr. Wim Verbaal ministrará para os alunos do Instituto Filosófico Aristotélico Tomista (IFAT) em São Paulo entre os dias 12 a 16 de Setembro de 2011 (carga horária: 20 horas).

O curso tratará sobre o principal objeto dos estudos eclesiásticos filosóficos, ou seja, Deus.  Mais especificamente, o Prof. Verbaal abordará “o desenvolvimento e a mudança da língua latina em sua tentativa de exprimir o inexprimível”.  Através da leitura dos principais textos clássicos, será apresentado o que se tentou pensar, raciocinar e dizer sobre Deus, o Ser inefável.

O Curso seguirá uma sequência cronológica de autores latinos desde Lucrécio e Cícero até São Bernardo de Claraval, bem como outros autores cristãos do século XII dando um especial enfoque aos seus escritos sobre o conceito de Deus.

Dr. Wim Verbaal é membro do Departamento de Estudos literários da Universidade de Gent, Bélgica e especialista em literatura, latim e grego. Publicou várias obras sobre São Bernardo de Claraval e sobre a literatura latina da Idade Média, bem como de autores clássicos.

Prof. dr.Wim.M. Verbaal

Latijnsetaal en literatuur

Latin language and Literature

Universiteit Gent

Dpt.: Letterkunde

Ghent University

Dpt.: Literary Studies

Blandijnberg 2

B – 9000 GENT

tel : xx32 / (0)9 / 264.40.38

fax : xx32 / (0)9 / 264.41.64

e-mail :Wim.Verbaal@UGent.be


[1] Santo Agostinho. Sermão 7.

ago 042011
 

A Viña Montes, do Valle de Colchagua, construiu uma adega especial para seus vinhos. Aurélio Montes, o enólogo da vinícola, colocou um equipamento de música e altos-falantes para envolver a sala de tonéis com cantos gregorianos e conseguir que o vinho amadurecesse em um ambiente relaxante. Com isso a qualidade da bebida seria superior, pois, segundo ele, a música e o vinho formam uma união indissolúvel.

Igreja do Sagrado Coração de Jesus, São Paulo Capital

Igreja do Sagrado Coração de Jesus, São Paulo Capital

A suspeita de que a música tinha influência na bebida foi confirmada em estudo publicado pela revista “National Geographic” . “Queríamos um tipo de música que desse uma sensação de calma e paz e descobrimos que os cantos gregorianos eram algo sagrado, relaxante”, afirma Montes. E conclui: “No vinho, as diferenças são muito sutis”, convencido de que  esse tipo de música monástica beneficia seus vinhos, sobretudo o Cabernet Sauvignon. Coincidência ou não, na última degustação de nossa confraria, o Montes Alpha Syrah bateu todos os concorrentes. Vamos conferir?

Autor: Osvaldir Castro. Para mais artigos do autor: http://www.temmais.com/blog/perbacco/