maio 232012
 

O Veni  Sancte Spiritus, que se traduz como “Vem, ó Santo Espírito”, é a sequência da Missa Solene de Pentecostes. Essa belíssima melodia foi composta no século nono, por um sábio monge beneditino, mais tarde Arcebispo de Mainz na Alemanha, chamado Rabano Mauro (750-856 d. C.) Além de ter escrito tratados sobre educação, gramática e comentário bíblicos, Rabano Mauro compôs a sequência da Missa de Pentecostes. No Martyrologium Romanum se celebra a festa de São Rabano Mauro no dia 4 de fevereiro. O Veni Sancte Spiritus também é entoado pelos Cardeais na procissão de entrada do Conclave, momento no qual fazem o escrutínio para a eleição do novo pontífice. Delicie-se com essa lindíssima peça da literatura e da arte medieval cantada na Solenidade de Pentecostes.

Veni Sancte Spiritus (Gregoriano), por Rabano Mauro

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Veni Sancte Spiritus Gregoriano Partitura

Letra em latim e tradução do Veni Sáncte Spíritus (Gregoriano)
Com acentos para facilitar a pronúncia

Letra em latim

Tradução portuguesa

Veni Sáncte Spíritus,

Et emitte caélitus

Lúcis túae rádium.

Vinde, Espírito Santo,

e enviai do céu

um raio de Vossa luz.

Véni páter páuperum,

Véni dátor múnerum,

Véni lúmen córdium.

Vinde, pai dos pobres,

vinde dispensador dos dons,

vinde luz dos corações.

Consolátor óptime,

Dúlcis hóspes ánimae,

Dúlce refrigérium.

Consolador por excelência,

hóspede da alma,

nosso doce refrigério.

In labóre réquies,

In aéstu tempéries,

In flétu solátium.

No trabalho, sois repouso;

no ardor, sois calma;

no pranto, consolo.

O lux beatíssima,

Réple córdis íntima

Tuorum fidélium.

O luz beatíssima,

penetrai até o fundo do coração

dos que vos são fiéis.

Sine túo númine,

Nihil est in hómine,

Nihil est innóxium.

Sem vossa graça,

nada há no homem,

nada que não lhe seja nocivo.

Láva quod est sórdidum,

Ríga quod est áridum,

Sána quod est sáucium.

Lavai o que é impuro,

fecundai o que é estéril,

ao que está ferido curai.

Flécte quod est rígidum,

Fóve quod est frígidum,

Rége quod est dévium.

Dobrai o rígido,

aquecei o que é frio,

e o que se extraviou, guiai.

Da túis fidélibus,

In te confidéntibus,

Sácrum septenárium.

Dai aos que vos são fiéis

e em vós confiam

os sete dons sagrados.

Da virtútis méritum,

Da salútis éxitum,

Da perénne gáudium.

Ámen.

Dai-lhes o mérito da virtude,

a salvação no termo da vida,

a eterna felicidade.

Amém.

 

Para ter acesso a mais músicas e partituras

Arautos do Evangelho publicam coletânea de Cânticos Gregorianos em latim com tradução portuguesa

 Musica et Lingua latina

maio 162012
 
Liber_Cantualis

O coletânea dos mais belos cânticos gregorianos, que vem a lume sob a coordenação do Pe. Pedro Morazzani, EP, é fruto de décadas do cultivo do gregoriano no dia-a-dia da comunidade religiosa dos Arautos do Evangelho. Cada melodia está acompanhada da partitura e da tradução portuguesa do texto latino.

O gregoriano nasceu na aurora da Idade Média com a compilação de alguns hinos usados pela cristandade primitiva por ordem do Papa São Gregório Magno (590-604). Essa coletânea de cânticos eclesiásticos passou para a História com o nome de canto “gregoriano” em homenagem ao virtuoso Pontífice.

Passados tantos séculos do seu surgimento, o Concílio Vaticano II definiu o gregoriano “como o canto próprio da liturgia romana”, destinado na ação litúrgica ao “primeiro lugar” (Sacrosanctum Concilium, 116). Em razão disso os padres conciliares procuraram estimular os fieis a “cultivar com sumo cuidado o tesouro da música sacra” recomendando de maneira ingente a formação de schola cantorum “nos Seminários, noviciados e casas de estudo de religiosos de ambos os sexos, bem como em outros institutos e escolas católicas” (Idem, 114-115).

Anos mais tarde, o Papa João Paulo II reafirmou essa primazia do gregoriano: “no tocante às composições musicais litúrgicas, faço minha a ‘regra geral’ formulada por São Pio X nestes termos: ‘Uma composição religiosa é tanto mais sagrada e litúrgica quanto mais se aproxima — no andamento, na inspiração e no sabor — da melodia gregoriana; e é tanto menos digna do templo quanto mais se distancia desse modelo supremo” (Quirógrafo de João Paulo II sobre a Música Litúrgica, 12).

Testemunha do relevante papel que a música sacra tem na vida espiritual dos católicos desde os primeiros tempos do cristianismo, Santo Agostinho em uma de suas mais célebres obras, as Confissões, afirmou que o contato com as piedosas melodias litúrgicas das cerimônias presididas por Santo Ambrósio, o ajudaram a encontrar o caminho da Verdade: “Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande impulso de piedade me elevava, as lágrimas corriam-me pela face, e me sentia plenamente feliz” (Confessionum, 9, 6: PL 769,14.).

Oficio dominical cantado em estilo gregoriano na Igreja Nossa Senhora do Rosário pertencente aos Arautos do Evangelho de São Paulo, Brasil

Oficio dominical cantado em estilo gregoriano na Igreja Nossa Senhora do Rosário pertencente aos Arautos do Evangelho de São Paulo, Brasil

Movidos pela admiração para com o cântico oficial da liturgia católica os Arautos do Evangelho procuram divulgar em nosso imenso Brasil este inestimável tesouro litúrgico, publicando esta obra que reúne Os mais belos cânticos gregorianos. Que essas melodias ressoem nos templos sagrados do nosso país para o bem espiritual dos fieis e a glorificação de Jesus Eucarístico, conforme as recentes orientações litúrgicas dadas pelo Papa Bento XVI: “Na arte da celebração, ocupa lugar de destaque o canto litúrgico. […] Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração; consequentemente, tudo – no texto, na melodia, na execução – deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos. Enfim, embora tendo em conta as distintas orientações e as diferentes e amplamente louváveis tradições, desejo – como foi pedido pelos padres sinodais – que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana” (Sacramentum Caritatis, 42).

O livro contem 282 páginas e é publicado em São Paulo pelos Arautos do Evangelho com o apoio da Editora Lumen Sapientiae.

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