ago 222011
 

Uma imagem que não tem preço…

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Apesar de não serem dotados de razão e, portanto, incapazes de entender uma doutrina, os animais aprendem como se tivessem uma escola de ensino. Há entre eles um forte relacionamento instintivo, pelo qual uns transferem aos outros as experiências adquiridas.
Por exemplo, num determinado momento, a águia começa treinar seus filhotes a lançarem-se nas primeiras tentativas de vôo; a leoa transmite à sua cria lições práticas de caça; e os insetos são alvo do instinto materno da galinha, quando estimula seus pintainhos a encontrar alimentos.
Num plano superior, isto ocorre também com o homem, ser inteligente e possuidor de um nobre instinto de sociabilidade. No colo da mãe, a criança recebe as primeiras lições: no modo de ser abraçada, beijada, acariciada… ela vai adquirindo as primeiras noções sobre o convívio social. Depois, no trato com os irmãos e parentes mais próximos, observando seus modos e costumes, ela assimilará o estilo próprio à sua família. E só muito mais tarde chegará a ocasião propícia para uma formação doutrinária e metódica.
Assim também procedeu Jesus com seus Apóstolos e com seu povo. Ele mesmo se comparou às aves para nos mostrar todo o seu amor: “quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas” (Mt 23, 37).

(Mons. João Scognamiglio Clá Dias. O Sermão da Montanha. Comentário ao Evangelho do 6º domingo do tempo comum. Revista Arautos do Evangelho. n. 25. fev. 2004. p. 7).