out 022011
 

Latim Básico: O caso dativo

O nome dativo deriva do verbo latino dare, que significa dar. Quem dá alguma coisa o faz para algo ou a alguém. Mas não somente o verbo dar pode significar uma relação de destinatário ou finalidade. Vários verbos, tanto em português com em latim, estabelecem esta relação de receptor ou destinatário. Fala-se a alguém, doa-se para alguém, etc.

Em português, o objeto que vem após as preposições a e para (de em alguns casos, mas distingui-se do complemento restritivo, do caso genitivo em latim, porque, no caso do objeto indireto, a ligação prepositiva é com o verbo e não com o nome) são chamados de objeto indireto, pois o verbo não age diretamente sobre ele, e ademais, se relacionam com o verbo através de uma preposição.  Estes verbos não possuem o sentido completo como os intransitivos (morreu, vive, etc).

Ex: A menina obedeceu ao pai. ( O sentido do verbo “obedeceu” ficaria incompleto sem a expressão “ao pai”. Esta é o objeto indireto, pedido pelo verbo obedecer. Está unido pela preposição a (ao = a + o).

Uma rosa para todas as Rosas do jardim de Maria, a Rosa das Rosas. Em latim: Rosa Rosis horti Mariae, Rosa rosarum.

Uma rosa para todas as Rosas do jardim de Maria, a Rosa das Rosas. Em latim: Rosa Rosis horti Mariae, Rosa rosarum.

Para conhecer o objeto (direto ou indireto) devemos fazer as perguntas usuais, depois do verbo. No caso do objeto indireto, pode-se fazer as seguintes: a quem? a quê? de quem? de quê? para quem? para quê?

Ex: Entreguei o livro ao aluno.

Pergunta: Entregue a quem?

Resposta: Ao aluno (objeto indireto ou dativo).

Em latim, o caso do objeto indireto é o dativo. Em vez de verificarmos as preposições a, para e de como sinais do objeto indireto, devemos procurar a terminação da palavra latina que caracteriza o caso dativo.

Na primeira conjugação (nomes femininos) o dativo singular sempre termina com ae. Exemplo:

Nominativo: a água, aqua

Dativo: para a água, à água, aquae

No plural, a terminação é is, aquis.

Na segunda conjugação (nomes masculinos ou neutros) o dativo singular sempre termina com o.

Nominativo: o Senhor, Dominus.

Dativo: para o Senhor, ao Senhor, Domino.

Nominativo: a cidade, oppidum

Dativo: à cidade, para a cidade, oppido.

No plural, a terminação é is, dominis e oppidis.

Na terceira conjugação iremos encontrar o dativo com as terminações em e (em alguns casos em i).

Nominativo: O rio, flumen.

Dativo: ao rio, para o rio, flumine.

No plural, a terminação é ibus, fluminibus.

Na quarta e quinta conjugação (que reúnem pouquíssimas palavras latinas, ao contrário das três primeiras que reúnem a imensa maioria), o dativo se caracteriza por ser igual ao nominativo ou terminar com a vogal i.

Nominativo: o joelho, genu.

Dativo: ao joelho, para o joelho, genui.

Nominativo: o dia, dies.

Dativo: para o dia, ao dia, diei.

No plural, a terminação e ibus para a quarta declinação (genibus) e ebus para a quinta declinação (diebus).

Tabela do caso dativo (objeto direto latino) no singular e plural

Declinação

Singular

ae

o

e ou i

u ou ui

ei

Plural

is

is

ibus

ibus

ebus

ago 232011
 

A Igreja deixa o ninho

Pe. José Glavan, EP

Na Palestina como vimos, onde de suas raízes judaicas nasceu o cristianismo, o desenvolvimento das comunidades foi muito dificultado pela oposição e perseguição que a estrutura oficial do judaismo movia contra os cristãos. Mas mesmo assim não deixaram de crescer, e São Tiago Maior foi, provavelmente, o primeiro apóstolo a morrer por Cristo, na perseguição movida por Herodes Agripa (cf. At 12, 1-2), tornado rei por beneplácito do imperador Calígula. Vinte anos depois a violência  desatou-se contra Tiago Menor o “irmão” do senhor, bispo de Jerusalém. Acusado injustamente pelo sumo sacerdote Anás, foi condenado à morte. Atirado do alto da torre do Templo, conservava ainda um resto de vida que lhe foi, em seguida, arrancada pelo apedrejamento e por golpes de massa, o que lhe valeu, por volta do ano 62, a coroa do martírio.

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Os imperadores romanos perseguiam os primeiros cristãos

A perseguição aos cristãos de Jerusalém acabou por favorecer a expansão do cristianismo, levando os Apóstolos e seus discípulos a pregar em terras distantes.

Por outro lado, a presença de alguns grupos nacionalistas radicais dentro do Judaísmo, como os zelotas, ou os sicários, sempre prontos a promover sangrentas rebeliões, exasperava continuamente os romanos provocando violentas reações com sucessivas guerras. No ano 70dC, o general Tito, move uma última guerra contra Jerusalém e inicia um cruel cerco de seis meses, ao fim do qual os soldados romanos transpõem as altas muralhas da cidade, tomam-na e passam os sobreviventes a fio de espada. Estima-se  em um milhão e oitocentos mil as vítimas do cerco e da tomada da cidade.

Um historiador israelita, contemporâneo desses acontecimentos, Flávio Josefo, narra cenas atrozes do acontecimento: durante o cerco, a fome assolou Jerusalém de maneira que os habitantes passaram a cozer o couro dos calçados para com eles se alimentarem, depois de consumidos todos os animais disponíveis, mesmo cavalos cães ratos, e até mesmo o que de mais repugnante encontravam. Não faltaram cenas horríveis de canibalismo: os que sucumbiam pela fome tinham suas carnes objeto de uma sinistra disputa pelos sobreviventes. Josefo conta o caso de uma mãe que sacrificou seu filho recém nascido para alimentar-se de suas carnes, fato que horrorizou até mesmo os mais ferozes bandidos (1). Entre os infelizes que buscavam a fuga, alguns engoliam moedas de ouro para lograrem escapar com suas riquezas. Um deles, porém, foi descoberto, a notícia correu célere, e o resultado foi uma horrível matança de fugitivos, que tinham seus ventres abertos pela espada. O historiador israelita diz que numa só noite dois mil fugitivos encontraram este triste fim.

Tito havia dado ordem para poupar o Templo, pois conhecia bem o que ele representava para os judeus, e não queria levar a vindita além de certo limite. Entretanto, no delírio da matança e da embriaguez, um soldado atirou uma tocha acesa no interior do Templo, provocando um imenso incêndio que destruiu aquele majestoso edifício, onde tantas vezes ressoara a voz do Divino Mestre, e de onde, ao sair, Jesus profetizara seu triste fim (2).

Pouco depois, nova incursão dos romanos leva à completa destruição da cidade. Seus habitantes que alcançaram escapar à sanha sanguinária dos romanos, dispersam-se pelo mundo, principalmente em Alexandria, no Egito, em Roma e no norte da África. No ano 130 o imperador Adriano reconstroe a cidade dando-lhe o nome pagão de Aelia Capitolina, e nos lugares santos, erige templos em honra a Júpiter e Afrodite.

Conta ainda, Josefo, um curioso e trágico episódio: quatro anos antes do cerco de Jerusalém, viu-se um camponês, junto às muralhas da cidade, a bradar: “voz sai do Oriente, voz sai do Ocidente, uma voz vem dos quatro ventos: voz contra Jerusalém e contra o Templo; voz contra os recém nascidos e contra os recém casados; voz contra todo o povo” A partir daí, dia e noite percorria a cidade a repetir as mesmas palavras, e redobrava os brados nos dias de festa. Preso, interrogado e açoitado, a cada pergunta ou açoite respondia sem se queixar: “desgraça para Jerusalém!” Considerado louco inofensivo foi posto em liberdade. Continuou assim por sete anos e meio repetindo, com sempre maior insistência, seus misteriosos vaticínios.

Certo dia, por ocasião do último cerco de Jerusalém enquanto repetia seus habituais brados acrescentou: “desgraça para mim também!” Neste instante cai morto atingido por uma pedra arremessada por uma máquina de guerra dos romanos. Curiosamente, este homem levava o mesmo nome de nosso Divino Redentor: chamava-se Jesus. (3)

Cinqüenta anos após a tomada de Jerusalém, aparece um aventureiro judeu ladrão e celerado, Barcochébas, cujo nome significa “filho da estrela”, dizendo-se a estrela de Jacob (cf. Nm 24, 17) e unicamente por seu nome se apresenta como o verdadeiro Messias (4). Encontra logo uma multidão de crédulos que o seguem, desencadeando assim nova sedição. Uma vez mais os romanos intervêm, sufocam a rebelião e Adriano, depois de executar horrível matança, os deporta para sempre da Judéia. Aliás o levante de Barcochébas não foi o único. Numerosos foram os falsos messias que nesse período se apresentaram, entretanto o que mais impressiona é a facilidade com que conseguiam crédulos adeptos.

Premidos por todas essas catástrofes, e submetidos a diáspora (dispersão) os judeus, representados por rabinos fariseus, se reúnem num sínodo, na cidade de Jâmnia (5), por volta do ano 90dC, onde definiram posições relacionadas à versão hebraica das Sagradas Escrituras, e à disciplina judaica. Alguns anos depois, no início do segundo século, esses mesmos rabinos fariseus vinham a fechar seu cânon das Escrituras, resultando, mais tarde, no chamado Texto Massorético, ou a Bíblia hebraica como hoje se conhece. Naquela época, entretanto, a Igreja já se tinha desligado definitivamente das estruturas do judaismo onde tinha nascido, e se desenvolvia em suas próprias bases institucionais e com sua vida própria, movidas ambas pelo Divino Espírito Santo. Deixava assim seu “ninho” para voar livre, nos horizontes da História da Salvação.

Chegamos assim ao fim do primeiro século e início do segundo, com o que se  encerra o chamado período apostólico — que conhecera a Cristo Nosso Senhor e no qual vivera e atuara os apóstolos e as testemunhas oculares da vida e dos ensinamentos de Jesus —  e se abre o período denominado subapostólico. Abre-se também a era dos Padres da Igreja, e apologetas, como veremos mais adiante.

Bibliografia

(1) Flavio Josefo, “História dos Hebreus”, II, Liv. VI, cap. XXXI, 476, Edit. Da Américas São Paulo, 1963. (2) cf. Mt 1-2; (3) Flavio Josefo op. cit. Liv. V, cap. XXXVI, 429. (4) cf. Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica, IV, 6,8; (5) Antiga cidade filistéia na costa mediterrânea a 20 km ao sul de Jafa. Nela se instalou uma escola rabínica célebre, depois de 70 dC foi sede do Sinédrio, e centro espiritual do judaismo até 135dC.

ago 112011
 

Colégios mistos e colégios separados

Na Inglaterra, as meninas que frequentam colégios exclusivamente femininos concentram-se mais nos estudos e tiram melhores notas do que as alunas de colégios mistos. Esta é a conclusão de um estudo que analisou mais de 700 mil alunas britânicas do ensino médio, segundo notícia divulgada pelo jornal espanhol El País (www.elpais.com em 18/3/2009).

Concretamente, mais de 71 mil alunas que fizeram o ensino médio em colégios femininos obtiveram resultados melhores do que no ensino fundamental, feito em colégios mistos. Aconteceu o contrário com as cerca de 130 mil que passaram de colégios femininos para mistos.

“É muito interessante ver como as meninas progridem mais neste tipo de escolas. É inegável a evidência de que o fato de estarem sem a companhia dos meninos faz com que elas se concentrem mais em seus estudos” — declarou Alice Sullivan, do Instituto de Educação da Universidade de Londres.

Colegio Feminino Separado

jun 302011
 

In this map can you see the 50 United States of America in latin.

Unites_States_Map

The states, with their abbreviations and capitals, are:

  • AL Alabama – Montgomery
  • AK Alaska – Juneau
  • AZ Arizona – Phoenix
  • AR Arkansas – Little Rock
  • CA California – Sacramento
  • CO Colorado – Denver
  • CT Connecticut – Hartford
  • DE Delaware – Dover
  • FL Florida – Tallahassee
  • GA Georgia – Atlanta
  • HI Hawaii – Honolulu
  • ID Idaho – Boise
  • IL Illinois – Springfield
  • IN Indiana – Indianapolis
  • IA Iowa – Des Moines
  • KS Kansas – Topeka
  • KY Kentucky – Frankfort
  • LA Louisiana – Baton Rouge
  • ME Maine – Augusta
  • MD Maryland – Annapolis
  • MA Massachusetts – Boston
  • MI Michigan – Lansing
  • MN Minnesota – Saint Paul
  • MS Mississippi – Jackson
  • MO Missouri – Jefferson City
  • MT Montana – Helena
  • NC North Carolina – Raleigh
  • ND North Dakota – Bismarck
  • NE Nebraska – Lincoln
  • NV Nevada – Carson City
  • NH New Hampshire – Concord
  • NJ New Jersey – Trenton
  • NM New Mexico – Santa Fe
  • NY New York – Albany
  • OH Ohio – Columbus
  • OK Oklahoma – Oklahoma City
  • OR Oregon – Salem
  • PA Pennsylvania – Harrisburg
  • RI Rhode Island – Providence
  • SC South Carolina – Columbia
  • SD South Dakota – Pierre
  • TN Tennessee – Nashville
  • TX Texas – Austin
  • UT Utah – Salt Lake City
  • VT Vermont – Montpelier
  • VA Virginia – Richmond
  • WA Washington – Olympia
  • WV West Virginia – Charleston
  • WI Wisconsin – Madison
  • WY Wyoming – Cheyenne