nov 052011
 

Palavras Latinas (O latim no colégio)

Schola, ae (f.)       Escola

Praecetor, oris (m.)     Preceptor

Magister, tri (m.)          Mestre

Discipulus, i (m)           Aluno, Discípulo

Disciplina, ar (f.)          Disciplina, matéria

Doctrina, ae (f.)            Doutrina

Studium, ii (n.)             Estudo

Praeceptum, i (n.)       Preceito

Litera, ae (f.)                  Letra, caractere da escrita

Scriptura, ae (f.)           Escrita

Charta, ar (f.)                 Folha de papel

Liber, libri (m.)             Livro

Volumen, -minis (n.)  Volume ou rolo

Stilus, i (m.)                     Marcador (Seria a caneta dos alunos romanos)

Tabula, ae (f.)                 Tabueta romana feita de cera na qual os Discipuli anotavam as aulas com o Stilus (seria o caderno dos alunos romanos).

Gymnasium, ii (n.)       Ginásio

Ludus, i (m.)                   Jogo ou brincadeira

Poeta, ae (m.)                 Poeta

Poesis, is e eos (f.)        Poesia

Poema, atis (n.)             Poema

Carmen, minis (n.)       Canto poético

Versus, us (m.)              Verso

Musa,ae (f.)                      Musa

Philosophus, I (m.)      Filósofo

Philosophia,ar (f.)        Filosofia

Eloquentia, ae (f.)        Eloquência

Facundia, ae (f.)           Eloquência

Orator, oris (m.)          Orador

JeanBruguesMonsArautosdoEvangelhoFaculdadeSeminarioTabor

jul 312011
 

A Herança dos Apóstolos

As perseguições de Domiciano (81-96) que se fazia chamar “Dominus ac Deus” (Senhor e Deus), teriam, por seu lado, levado São João Evangelista ao desterro na ilha de Patmos, onde, por volta do ano 90dC, escreveu seu Apocalipse (1). Neste livro está manifesto o empenho do Apóstolo de sustentar, na fé e na esperança, as jovens comunidades cristãs, duramente provadas pelas perseguições que se sucediam e cresciam em intensidade.

Martírio de São João Evangelista, Alsacia

Martírio de São João Evangelista, Alsacia

Entretanto, sob a tempestade, o cristianismo se expandia pelas vastidões do imenso império.

Em Antioquia, capital da Síria, graças ao apostolado de São Paulo, formou-se uma florescente comunidade, que irradiava sua influencia sobre todo o mundo helênico. Foi precisamente aí que os seguidores de  Jesus Cristo foram, por primeira vez, chamados cristãos.(2). Até então eram conhecidos como galileus ou nazarenos. O Apóstolo das Gentes fundou diversas outras importantes comunidades como a da rica e próspera Corinto, e a da idolátrica Éfeso, cujo culto à Ártemis fanatizava a população (3).

Na Gália, hoje França, estabeleceram-se comunidades pujantes. Informações pouco documentadas e muito contestadas nos dão conta de que lá teriam se estabelecido os irmãos Marta, Maria e Lázaro, tendo este último sido bispo de Marselha. Também Dionísio, convertido por São Paulo no Areópago de Atenas, teria evangelizado a Gália tornando-se bispo de Paris. O fato é que, tanto um quanto outro, são objeto de muita veneração em terras francesas.

Os Atos dos Apóstolos registram a presença de peregrinos romanos no dia de Pentecostes (4). Talvez estes, certamente judeus, tenham se convertido naquela ocasião, e regressando a Roma, capital do império, tenham pregado entre os judeus da diáspora (dispersão) e dado origem às primeiras comunidades cristãs naquela cidade. Foram estas, provavelmente, as que receberam os apóstolos Pedro e Paulo.

No norte da África desenvolveram-se florescentes comunidades cristãs, e muitas sedes episcopais foram ali estabelecidas. Os Padres atestam também a presença de comunidades cristãs na Espanha onde se acredita que esteve São Tiago Maior, e provavelmente São Paulo, na Britânia (hoje Inglaterra), e na Alemanha.

São Pedro e São Paulo, Mosteiro de Monserrat, Barcelona, Espanha

Apóstolos, Mosteiro de Monserrat, Barcelona, Espanha

No Egito, onde afirma-se que São Marcos fundou a sede episcopal de Alexandria e na Índia onde escritos apócrifos apontam São Tomé como evangelizador, desenvolveram-se também muitas comunidades e dioceses.

A Igreja nascente se espalhava por toda a terra, e não apenas no Oriente, isto é, na Palestina onde tinha nascido, na Síria, Egito, Ásia Menor e Grécia; mas também no Ocidente, Gália (França) Espanha, África, Germânia (Alemanha), Britânia (Inglaterra), e mesmo fora do Império como na Pérsia e na Índia.

Bibliografia

(1) cf. Ap 1, 9; (2) cf. At 11, 26; (3) cf. At 19, 23-40); (4) cf. At 2, 10;

jul 302011
 

Tipicamente brasileiro

Deus multiplicou as nações sobre a face da terra, para melhor espelharem suas qualidades infinitas. Sabendo admirar as qualidades de cada povo, amamos a Deus, seu criador.

José Antonio Dominguez

Um amigo paulista — professor catedrático de História — recebeu certa vez em sua casa um visitante francês. Era a primeira vez que este tomava contato com o Brasil. Como é natural, o anfitrião procurou ser o mais amável e acolhedor possível, de acordo com as leis da hospitalidade, que aqui não são escritas em papel, mas no coração. Não há quem visite o Brasil e não se sinta bem recebido; e, ao deixá-lo, não experimente uma pontinha daquele sentimento exclusivamente luso-brasileiro: as saudades…

Mariana, Minas Gerais

Igrejas em estilo barroco luso-brasileiro em Mariana, Minas Gerais

Meu amigo mostrou, pois, ao visitante sua residência. Pessoa de muita fé, cultura e requintado bom gosto, havia decorado primorosamente a casa. À medida que ia mostrando este ou aquele detalhe, fazia notar sua preferência pela cultura francesa, a fim de que seu visitante se sentisse mais à vontade.

De fato, um dos salões tinha móveis Luís XV, os de outro eram estilo Império, e algumas peças eram de artistas franceses. No final, saltou dos lábios do visitante, nos quais se desenhava um sorriso malicioso, a pergunta aguçada:

— Mas… professor, o senhor não fez um salão em estilo tipicamente brasileiro?

O nosso anfitrião compreendeu bem a perplexidade de seu visitante francês… tipicamente francês! E com um sorriso afável respondeu:

— Exatamente, uma das características do espírito tipicamente brasileiro consiste em admirar e assimilar as qualidades dos outros povos. Por isso, o senhor acaba de ver uma casa tipicamente brasileira.

Casas alemãs em Petrópolis, Rio de Janeiro

Casas tipicamente alemãs em Petrópolis, Rio de Janeiro

É que, para o brasileiro, que acolhe em seu país-continente filhos de quase todas as nações da terra, cada povo é como uma pedrinha colorida de um magnífico caleidoscópio (o conjunto das nações). Sabendo admirar as qualidades de cada povo, amamos a Deus, seu criador.

Por vezes, essas qualidades são antagônicas e seria quase impossível representá-las num só povo. Por isso, Deus multiplicou as nações sobre a face da terra, para melhor espelharem suas qualidades infinitas.

Holmabra_Brasil_Nederlands_in_Brasilien_Dutch_in_Brazilie

Portal em estilo holandês da cidade de Holambra, São Paulo

jul 222011
 

Os benefícios da leitura

Guy de Ridder

Ler envolve “o prazer de se desligar do mundo”, declara à agência Deutsche Welle Thomas Anz, professor de Psicologia na Universidade de Marburg, Alemanha, e autor de um livro sobre a leitura.
Mais ainda, podemos acrescentar que o hábito de ler enobrece nosso espírito e nos eleva a panoramas culturais mais universais.
A leitura é também a descoberta de afinidades intelectuais. “É como o prazer de jogar, mas neste caso se expressa através da relação que o leitor estabelece com o autor”, diz o Prof. Anz.

Seminario_seminaristas_Arautos_Vida_cotidiana_Leitura_Hábitos

No entanto, se ela é tão prazerosa, por que as pessoas lêem tão pouco? Responde o psicólogo: “Como os jogos, a leitura precisa ser treinada. Muitos desistem na fase de treinamento e não adquirem o verdadeiro prazer que ela proporciona”.
Aqui vai, então, um conselho para quem está na “fase do treinamento”: comece por temas que lhe interessem bastante, e não se preocupe em ler página por página. Se um trecho estiver muito árido, passe adiante. Faça como o beija-flor: de cada planta ele retira apenas o que lhe apetece. O importante é lançar-se na água… Logo, logo, virá o gosto dos grandes panoramas intelectuais, mais atraentes do que muitas viagens turísticas.
A leitura de um livro é um turismo feito, não com as pernas, mas com o espírito.
O hábito da leitura implica também um afastamento temporário dos problemas cotidianos. Um conhecido meu, grande intelectual e homem de ação, fazia questão de ler algum livro de História antes de se deitar, para “descansar a mente da vulgaridade do dia-a-dia”. Passeava, assim, um pouco por outros povos, outros costumes, outras concepções de vida.

Leitura e conversa

Dizia-se, em épocas passadas, que uma dia sem leitura equivalia a dois dias sem tema de conversa.
Eis outro assunto bem atual: sobre o que se conversa hoje? Há conversa em família? Quem lê, habitualmente tem algo interessante a contar. Sua mente vive povoada de fatos dignos de nota, gestos que deram celebridade a grandes homens ou ditos cheios de espírito que nunca perdem a atualidade.
Outra grande vantagem aufere quem tem o hábito da leitura: saber ortografia. A dificuldade de tantos jovens — e alguns já não tão jovens assim… — nessa matéria é conseqüência da absorção produzida pela TV hoje. Muitas vezes sabem o significado correto da palavra e a empregam adequadamente, mas desconhecem sua grafia por a terem ouvido centenas de vezes, e lido apenas em poucas oportunidades.
Por fim, vale ressaltar quanto a leitura auxilia no enriquecimento do vocabulário. Como este está hoje reduzido à sua mínima expressão, muitas pessoas encontram dificuldade em transmitir seus pensamentos ou sentimentos. Isto, por sua vez, gera insegurança e mal-estar interior. Assim como a abundância de tintas proporciona ao pintor a possibilidade de dar à sua obra a tonalidade desejada, a variedade de palavras com sentidos semelhantes, porém cada qual com o seu matiz próprio, fornece ao orador o instrumento adequado para exprimir o que deseja.
Quão salutar seria se nossas escolas estimulassem, como outrora, os exercícios de descrição, de narração e de redação que se praticavam desde os primeiros anos do ensino fundamental! Teríamos crianças mais desenvolvidas intelectualmente, mais seguras de si e, portanto, mais alegres e joviais.

jul 212011
 

Latim básico: o caso acusativo e as cores em latim

O caso acusativo é o caso do objeto direto.

Para identificar o objeto direto em uma frase deve-se colocar depois do verbo, as interrogativas quem? O que?

Ex: Pedro encontrou teu irmão

Pergunta: Encontrou (quem)?

Resposta: teu irmão (acusativo, objeto direto)

Em português o objeto direto localiza-se na frase após o verbo, mas em latim, como a ordem das palavras não estabelece a função sintática do vocábulo, as palavras sofrem uma alteração em sua desinência.

Museus Capitolinos, Roma

Museus Capitolinos, Roma (Itália)

Palavra em português

Nominativo singular

Acusativo singular

Nominativo plural

Acusativo plural

Marinheiro

Nauta

Nautam

Nautae

Nautas

Filho

Filius

Filium

Filii

Filios

Água

Aqua

Aquam

Aquae

Aquas

Flor

Flos

Florem

Flores

Flores

Mãe

Mater

Matrem

Matri

Matres

Curiosidade: Notou que o acusativo singular sempre termina em “m” e que o acusativo plural sempre termina em “s”. Nossa língua portuguesa é conhecida pelos linguistas como uma língua românica acusativa, pois as palavras lusas derivam em sua maioria do caso acusativo latino.

Singular e plural

Em português acrescentamos geralmente o “s” ao final das palavras para colocá-la no plural. Em latim isto ocorre de modo geral no caso acusativo, mas no caso nominativo, ocorre uma mudança na vogal final da palavra.

Nauta (marinheiro) no plural nominativo torna-se nautae.

Filius (Filho) no plural nominativo torna-se filii.

Veja a tabela abaixo da 1ª e 2ª classe de substantivos nos dois casos já estudados.

Nominativo singular

Nominativo plural

Acusativo singular

Acusativo plural

Lupus (lobo)

Lupi

Lupum

Lupos

Pluma (pluma)

Plumae

Plumam

Lupum

Atendendo o pedido de um de nossos leitores oferecemos lista das cores em latim

As cores em latim

Branco

Albus, a, um

Branco brilhante

Candidus, a, um

Vermelho

Ruber, rubra, rubrum

Vermelho brilhante

Purpureus, a, um

Negro

Niger, nigra, nigrum

Sombra

Ater, atra, atrum

Roxo

Rufus, a, um

Azul

Caerúleus, a, um

Louro

Flavus, a, um

Claro

Clarus, a, um

Brilhante

Fulgens, entis

Transparente

Pellúcidus, a, um

Verde

Viridis, is, e

Marrom-amarelado

Fulvus, a, um

Escuro

Obscurus, a, um

Pálido

Pállidus, a, um  (pallens, entis)

Opaco

Opacus, a, um

Tópicos relacionados


jul 152011
 

Em nosso curso básico de Latim o leitor aprenderá noções de conversação e gramática latina.

Forum romano, Itália

Forum romano, Itália

O Praecones Latine correspondendo ao manifesto pedido de alguns leitores disponibilizará lições básicas de latim com explicações em português. A gramática latina será estudada passo a passo em posts periódicos.

O método de estudo será o assimilativo, ou seja, o mesmo usado por todas as crianças de todos os tempos. Os meninos não recebem aulas de gramática, mas sim tomam contato direto com a língua. As explicações da gramática são dadas posteriormente após adquirirem certo vocabulário.

Em nosso curso a gramática latina será dada no decorrer das lições de forma que ao final de alguns posts o leitor possa ter noções básicas da gramática latina de forma esquemática.

Na primeira fase do estudo serão apresentados aos leitores assíduos do Praecones Latine um breve histórico da língua como introdução ao latim; em seguida noções básicas da evolução das línguas a fim de constatar como nosso idioma luso é muito semelhante à língua latina; e por fim a utilidade prática de aprender latim tanto para a formação do raciocínio quanto para a formação cultural do ser humano.

Após esta breve introdução, entraremos nas considerações sobre a pronúncia e a gramática sempre reportando ao já estudado nos posts anteriores ou introduzindo o leitor em outras fórmulas ou textos latinos clássicos tanto de autores pagãos como de autores católicos.

Os redatores do Praecones Latine esperam que os leitores possam beneficiar-se ao máximo do conhecimento da “língua da cultura e da Igreja”. Perguntas e sugestões certamente serão de muita valia.

Sumário dos posts já publicados

1. Introdução ao Latim – História e semelhanças com o português

2. O alfabeto Latino (Capitais e estados do Brasil em Latim)

3. Como apresentar-se e conhecer alguém falando em latim?

4. Nacionalidade e nomes de países em latim

5. Pronúncia das vogais latinas

6. Pronúncia latina clássica e eclesiástica das consoantes

7. Quantidade e acento tônico (partes do corpo e os cinco sentidos em latim)

8. Diferenças e semelhanças com o português

Gramática do Latim

9. O que são os casos latinos?

10. Caso nominativo

11. Caso acusativo (as cores em latim)

12. Caso Genitivo do Latim

13. Latim Básico: O caso dativo

14. Tabela das declinações (Com dicas para ajudar a decorar)

15. Pronomes possessivos 15_Arautos_Vida_cotidiana_15_IMG_0513

16. Curiosidade: 8 razões para aprender latim na atualidade

17. Pronomes pessoais

18. Pronomes demonstrativos

Os posts serão acrescentados aqui paulatinamente.

Bom proveito!