jul 062011
 

Oferecemos aos leitores de Praecones Latine a lista das 100 cidades mais populosas do Brasil em português e em latim segundo o Censo do IBGE em 2010.

Flumen Ianuarii

Os nomes latinos são em sua maioria extraídos do Anuário Pontifício da Santa Sé (2011).

100 maiores cidades do Brasil em população

Estado – Unidade federativa

População

Nomes das 100 maiores cidades do Brasil em latim

1

São Paulo São Paulo

11 253 503

Urbs Paulistana (Sanctus Paulus)

2

Rio de Janeiro Rio de Janeiro

6 320 446

Urbs Fluminensis (Flumen Ianuarii)

3

Salvador Bahia

2 675 656

Soteropolis

4

Brasília Distrito Federal

2 570 160

Brasiliapolis

5

Fortaleza Ceará

2 452 185

Urbs Fortalexiensis

6

Belo Horizonte Minas Gerais

2 375 151

Urbs Pulchri Horizontis

7

Manaus Amazonas

1 802 014

Manaus

8

Curitiba Paraná

1 751 907

Curituba

9

Recife Pernambuco

1 537 704

Urbs Recifensis

10

Porto Alegre Rio Grande do Sul

1 409 351

Portus Alacer

11

Belém Pará

1 393 399

Bethlehem

12

Goiânia Goiás

1 302 001

Goyania

13

Guarulhos São Paulo

1 221 979

Guarulia

14

Campinas São Paulo

1 080 113

Campinae

15

São Luís Maranhão

1 014 837

Ludovicopolis

16

São Gonçalo Rio de Janeiro

999 728

Sanctus Gundisalvus

17

Maceió Alagoas

932 748

Maceyo

18

Duque de Caxias Rio de Janeiro

855 048

Dux Caxiarum

19

Teresina Piauí

814 230

Teresina

20

Natal Rio Grande do Norte

803 739

Christogenopolis

21

Nova Iguaçu Rio de Janeiro

796 257

Nova Iguazuvia

22

Campo Grande Mato Grosso do Sul

786 797

Campus Magnus

23

São Bernardo do Campo São Paulo

765 463

Sanctus Bernardus Campi

24

João Pessoa Paraíba

723 515

Ioannes Personae

25

Santo André São Paulo

676 407

Sanctus Andreas

26

Osasco São Paulo

666 740

Osascanus

27

Jaboatão dos Guararapes Pernambuco

644 620

Tradução incerta

28

São José dos Campos São Paulo

629 921

Santus Ioseph Camporum

29

Ribeirão Preto São Paulo

604 682

Rivus Niger

30

Uberlândia Minas Gerais

604 013

Terra Uber

31

Contagem Minas Gerais

603 442

Computatio (tradução incerta)

32

Sorocaba São Paulo

586 625

Sorocaba

33

Aracaju Sergipe

571 149

Aracaius

34

Feira de Santana Bahia

556 642

Feria Santanae

35

Cuiabá Mato Grosso

551 098

Cuyaba

36

Juiz de Fora Minas Gerais

516 247

Iudex Foris

37

Joinville Santa Catarina

515 288

Ioannevilla (Domina Francesca)

38

Londrina Paraná

506 701

Londrina

39

Niterói Rio de Janeiro

487 562

Nictheroy

40

Ananindeua Pará

471 980

Ananyndeua

41

Belford Roxo Rio de Janeiro

469 332

Belfortis Rufus

42

Campos dos Goytacazes Rio de Janeiro

463 731

Campus

43

São João de Meriti Rio de Janeiro

458 673

Sanctus Ioannes a Meriti

44

Aparecida de Goiânia Goiás

455 657

Urbs Apparitiopolitana Goyaniae

45

Caxias do Sul Rio Grande do Sul

435 564

Caxiae Australis

46

Porto Velho Rondônia

428 527

Portus Vetus

47

Florianópolis Santa Catarina

421 240

Florianopolis (Desterrum)

48

Santos São Paulo

419 400

Sanctus

49

Mauá São Paulo

417 064

Maua

50

Vila Velha Espírito Santo

414 586

Villa Veta

51

Serra Espírito Santo

409 267

Serra

52

São José do Rio Preto São Paulo

408 258

Sanctus Ioseph Riopretensis

53

Macapá Amapá

398 204

Macapa

54

Mogi das Cruzes São Paulo

387 779

Mogy Crucium

55

Diadema São Paulo

386 089

Diadema

56

Campina Grande Paraíba

385 213

Campina Magna

57

Betim Minas Gerais

378 089

Betim

58

Olinda Pernambuco

377 779

Urbs Olindensis

59

Jundiaí São Paulo

370 126

Iundiahy

60

Carapicuíba São Paulo

369 584

Carapicuiba

61

Piracicaba São Paulo

364 571

Piracycaba

62

Montes Claros Minas Gerais

361 915

Montes Clari

63

Maringá Paraná

357 077

Marynga

64

Cariacica Espírito Santo

348 738

Cariacyca

65

Bauru São Paulo

343 937

Bauropolis

66

Rio Branco Acre

336 038

Fluvius Albus

67

Anápolis Goiás

334 613

Anapolis

68

São Vicente São Paulo

332 445

Sanctus Vicentius

69

Pelotas Rio Grande do Sul

328 275

Pelotae

70

Vitória Espírito Santo

327 801

Victoria (Urbs Capisabarum)

71

Caucaia Ceará

325 441

Caucaya

72

Canoas Rio Grande do Sul

323 827

Canoae

73

Itaquaquecetuba São Paulo

321 770

Itaquaquecetuba

74

Franca São Paulo

318 640

Franca

75

Caruaru Pernambuco

314 912

Caruaru

76

Ponta Grossa Paraná

311 611

Vertex Crassus

77

Blumenau Santa Catarina

309 011

Blumenau

78

Vitória da Conquista Bahia

306 866

Victoria de Conquista

79

Paulista Pernambuco

300 466

Paulista

80

Ribeirão das Neves Minas Gerais

298 317

Rivus Nivium

81

Uberaba Minas Gerais

296 988

Uberaba

82

Petrópolis Rio de Janeiro

295 917

Petropolis

83

Santarém Pará

294 580

Sanctaremen

84

Petrolina Pernambuco

293 962

Petrolina

85

Guarujá São Paulo

290 752

Guaruia

86

Cascavel Paraná

286 205

Urbs Cascavellensis

87

Boa Vista Roraima

284 313

Bonus Visus

88

Taubaté São Paulo

278 686

Taubatea

89

Limeira São Paulo

276 022

Limeira

90

São José dos Pinhais Paraná

264 210

Sanctus Ioseph Pinealensis

91

Governador Valadares Minas Gerais

263 689

Gubernator Valadarensis

92

Suzano São Paulo

262 480

Suzano

93

Praia Grande São Paulo

262 051

Ora Magna

94

Santa Maria Rio Grande do Sul

261 031

Sancta Maria

95

Mossoró Rio Grande do Norte

259 815

Mossoro

96

Volta Redonda Rio de Janeiro

257 803

Urbs Voltaredondensis

97

Foz do Iguaçu Paraná

256 088

Ostium Iguazuviae

98

Gravataí Rio Grande do Sul

255 660

Gravatahy

99

Várzea Grande Mato Grosso

252 596

Magna Vallis

100

Juazeiro do Norte Ceará

249 939

Juazeiro Septentrionalis

O Estado de São Paulo possui 25 das 100 mais populosas cidades do Brasil. Seguem Rio de Janeiro com 10 cidades, Minas Gerais com 9, Paraná com 7, Pernambuco com 6, Rio Grande do Sul, 5. Os Estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Pará, Ceará, Bahia e Goiás possuem 3 cidades entre as 100 maiores do Brasil. Paraíba, Rio Grande do Norte e Mato Grosso possuem duas cidades entre as cem maiores do Brasil. Dos demais estados apenas a respectiva capital está presente na lista com exceção do Estado do Tocantins.

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jun 212011
 

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP,
Fundador dos Arautos do Evangelho

Mons. João Scognamiglio Clás Dias elevando o Santíssimo Sacramento na Igreja Nossa Senhora do Rosário, Brasil

Mons. João Scognamiglio Clás Dias elevando o Santíssimo Sacramento na Igreja Nossa Senhora do Rosário, Brasil

Como nasceu a comemoração de “Corpus Christi”

A festa litúrgica em louvor ao Santíssimo Sacramento foi instituída em 1264 por Urbano IV. Ela deveria marcar os tempos futuros da Igreja, tendo como finalidade cantar a Jesus Eucarístico, agradecendo-Lhe solenemente por ter querido ficar conosco até o fim dos séculos sob as espécies de pão e vinho. Nada mais adequado do que a Igreja comemorar esse dom incomparável.
Logo nos primeiros séculos, a Quinta-Feira Santa tinha o caráter eucarístico, segundo mostram documentos que chegaram até nós. A Eucaristia já era o centro e coração da vida sobrenatural da Igreja. Todavia, fora da Missa não se prestava culto público a esse sacramento. O pão consagrado costumava ficar guardado numa espécie de sacristia, e mais tarde lhe foi reservado um nicho num ângulo obscuro do templo, onde se punha um cibório em forma de pomba, suspenso sobre o altar, sempre tendo em vista a eventual necessidade de atender a algum enfermo.
Mas durante a Idade Média, os fiéis foram sendo cada vez mais atraídos pela sagrada humanidade do Salvador. A espiritualidade passou a considerar de modo especial os episódios da Paixão. Criou-se por isso um clima propício para que se desenvolvesse a devoção à Sagrada Eucaristia.
O último impulso veio das visões de Santa Juliana de Monte Cornillon, uma freira agostiniana belga, a quem Jesus pediu a instituição de uma festa anual para agradecer o sacramento da Eucaristia. A religiosa transmitiu esse pedido ao arcediago de Liège, o qual, sendo eleito Papa 31 anos depois, adotou o nome de Urbano IV.
Pouco depois esse Pontífice instituía a festa de Corpus Christi, que acabou por se tornar um dos pontos culminantes do ano litúrgico em toda a Cristandade.

O “Lauda Sion”

A seqüência da Missa de Corpus Christi é constituída por um belíssimo hino gregoriano, intitulado Lauda Sion. Belíssimo por sua variada e suave melodia, e muito mais pela letra, ele canta a excelsitude do dom de Deus para conosco e a presença real de Jesus, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, no pão e no vinho consagrados.
A própria origem desse cântico é envolta no maravilhoso tipicamente medieval. Urbano IV encontrava-se em Orvieto, quando decidiu estabelecer a comemoração de Corpus Christi. Estavam coincidentemente naquela cidade dois dos mais renomados teólogos de todos os tempos, São Boaventura e São Tomás de Aquino. O Papa os convocou, assim como a outros teólogos, encomendando-lhes um hino para a seqüência da Missa dessa festa.

Apoteose de São Tomás de Aquino por Zurbarán

Apoteose de São Tomás de Aquino por Zurbarán


Conta-se que, terminada a tarefa, apresentaram-se todos diante do Papa e cada um devia ler sua composição. O primeiro a fazê-lo foi São Tomás de Aquino, que apresentou então os versos do Lauda Sion. São Boaventura, ato contínuo àquela leitura, queimou seu próprio pergaminho, não sem causar espanto em São Tomás, que perguntou “por quê?”. O santo franciscano, com toda a humildade, explicou-lhe que sua consciência não o deixaria em paz se ele causasse qualquer empecilho, por mínimo que fosse, à rápida difusão de tão magnífica Seqüência escrita pelo dominicano.

Síntese teológica, em forma de poesia

Aquilo que São Tomás ensinou em seus tratados de Teologia a respeito da Sagrada Eucaristia, ele o expôs magistralmente em forma de poesia no Lauda Sion.
Trata-se de verdadeira peça de literatura, que brilha pela profundidade do conteúdo e pela beleza da forma, elevação da doutrina, acurada precisão teológica e intensidade do sentimento. O ritmo flui de modo suave, até mesmo nas estrofes mais didáticas. A melodia — cujo autor é desconhecido — combina belamente com o texto. A unção é inesgotável.
São Tomás se revela como filósofo e místico, como teólogo da mente e do coração, realizando sua própria exortação: “Seja o louvor pleno, retumbante, alegre e cheio do brilhante júbilo da alma”.

Letra em latim e português do Louva Sião (Lauda Sion)

Em Português (lusitane)
Em latim (latine)
Para ouvir o hino, clique aqui.

1. Louva Sião, o Salvador, louva o guia e pastor com hinos e cânticos.
1. Lauda Síon Salvatórem, láuda dúcem et pastórem, in hymnis et cánticis.

2. Tanto quanto possas, ouses tu louvá-lo, porque está acima de todo o louvor e nunca o louvarás condignamente.
2. Quantum pótes tantum áude: quia máior ómni láude, nec laudáre súfficis.

3. É-nos hoje proposto um tema especial de louvor: o pão vivo que dá a vida.
3. Láudis théma speciális, pánis vívus et vitális hódie propónitur.

4. É Ele que na mesa da sagrada ceia foi distribuído aos doze, como na verdade o cremos.
4. Quem in sácrae ménsa coénae, túrbae frátrum duodénae dátum nom ambígitur.

5. Seja o louvor pleno, retumbante, que ele seja alegre e cheio de brilhante júbilo da alma.
5. Sit laus pléna, sit sonóra, sit iucúnda, sit decóra méntis iubilátio.

6. Porque celebramos o dia solene que nos recorda a instituição deste banquete.
6. Díes enim solémnis ágitur, in qua ménsae príma recólitur huius institútio.

7. Na mesa do novo Rei, a páscoa da nova lei põe fim à páscoa antiga.
7. In hac ménsa nóvi Régis, nóvum Páscha nóvae légis pháse vétus términat.

8. O rito novo rejeita o velho, a realidade dissipa as sombras como o dia dissipa a noite.
8. Vetustátem nóvitas, umbram fúgat véritas, nóctem lux elíminat.

9. O que o Senhor fez na Ceia, nos mandou fazê-lo em memória sua.
9. Quod in coéna Chrístus géssit, faciéndum hoc expréssit in súi memóriam.

10. E nós, instruídos por suas ordens sagradas, consagramos o pão e o vinho em hóstia de salvação.
10. Dócti sácris institútis, pánem, vínum in salútis consecrámus hóstiam.

11. É dogma de Fé para os cristãos que o pão se converte na carne e o vinho no sangue do Salvador.
11. Dógma dátur christiánis, quod in cárnem tránsit pánis, et vínum in sánguinem.

12. O que não compreendes nem vês, uma Fé vigorosa te assegura, elevando-te acima da ordem natural.
12. Quod non cápis, quod non vídes, animósa fírmat fídes, praeter rérum órdinem.

13. Debaixo de espécies diferentes, aparências e não realidades, ocultam-se realidades sublimes.
13. Sub divérsis speciébus, sígnis tantum, et non rébus, latent res exímiae.

14. A carne é alimento e o sangue é bebida; todavia debaixo de cada uma das espécies Cristo está totalmente.
14. Cáro cíbus, sánguis pótus: mánet tamen Christus tótus sub utráque spécie.

15. E quem o recebe não o parte nem divide, mas recebe-o todo inteiro.
15. A suménte non concísus, non confráctus, non divísus: integer accípitur.

16. Quer o recebam mil, quer um só, todos recebem o mesmo, nem recebendo-o podem consumi-lo.
16. Súmit únus, súmunt mílle: quantum ísti tantum ílle: nec súmptus consúmitur.

17. Recebem-no os bons e os maus igualmente, todos recebem o mesmo, porém com efeitos diversos: os bons para a vida e os maus para a morte.
17. Súmunt bóni, súmunt máli: sórte tamen inaequáli, vítae vel intéritus.

18. Morte para os maus e vida para os bons: vêde como são diferentes os efeitos que produz o mesmo alimento.
18. Mors est mális, víta bónis: víde páris sumptiónis quam sit díspar éxitus.

19. Quando a hóstia é dividida, não vaciles, mas recorda que o Senhor encontra-se todo debaixo do fragmento, quanto na hóstia inteira.
19. Frácto demum Sacraménto, ne vacílles, sed meménto tantum ésse sub fragménto, quantum tóto tégitur.

20. Nenhuma divisão pode violar a substância: apenas os sinais do pão, que vês com os olhos da carne, foram divididos! Nem o estado, nem as dimensões do Corpo de Cristo são alterados.
20. Núlla réi fit scissúra: sígni tantum fit fractúra, qua nec státus, nec statúra signáti minúitur.

21. Eis o pão dos Anjos que se torna alimento dos peregrinos: verdadeiramente é o pão dos filhos de Deus que não deve ser lançado aos cães.
21. Ecce pánis Angelórum, fáctus cíbus viatórum: vere pánis filiórum, non mitténdus cánibus.

22. As figuras o simbolizam: é Isaac que se imola, o cordeiro que se destina à Páscoa, o maná dado a nossos pais.
22. In figúris praesignátur, cum Isaac immolátur, agnus Páschae deputátur, dátur mánna pátribus.

23. Bom Pastor, pão verdadeiro, Jesus, de nós tende piedade. Sustentai-nos, defendei-nos, fazei-nos na terra dos vivos contemplar o Bem supremo.
23. Bóne Pástor, pánis vére, Jésu, nóstri miserére: Tu nos pásce, nos tuére, Tu nos bóna fac vidére in térra vivéntium.

24. Ó Vós que tudo sabeis e tudo podeis, que nos alimentais nesta vida mortal, admiti-nos no Céu, à vossa mesa e fazei-nos co-herdeiros na companhia dos que habitam a cidade santa.
24. Tu qui cúncta scis et váles, qui nos páscis hic mortáles: túos ibi commensáles, cohaerédes et sodáles fac sanctórum cívium.

Amém. Aleluia.