set 022012
 

“Per ardua surgo” (Pela dificuldade, venço)Foto: Farol da Barra, Salvador, Brasil.

Algumas das capitais e unidades federativas do Brasil possuem lemas oficiais em língua latina enquanto outras em português ou línguas indígenas. Oferecemos aos leitores do Praecones Latine as cidades e as capitais brasileiras com os seus inspirativos lemas em latim e a sua respectiva tradução para o português. Os lemas são realmente belíssimos. Deguste-os!

Aracaju: “Pax et labor” (Paz e Trabalho).

Bahia: “Per ardua surgo” (Pela dificuldade, venço).

Brasília:Venturis ventis” (Aos ventos que hão de vir).

Fortaleza: “Fortitudine” (Com fortaleza).

João Pessoa:Intrepida ab Origine” (Intrépida desde a origem).

Minas Gerais:Libertas quæ sera tamen” (Liberdade ainda que tardia).

Piauí: “Impavidum Ferient Ruinae” (As dificuldades não me amedrontam).

Recife:Ut luceat omnibus” (Que a luz brilhe para todos).

Rio de Janeiro (Estado): “Recte rempvblicam gerere” (Gerir a Coisa Pública com Retidão).

Salvador: “Sic illa ad arcam reversa est” (Assim ela voltou à arca).

São Paulo (Capital): “Non dvcor dvco (Não sou conduzido, conduzo).

São Paulo (Estado): “Pro Brasilia fiant eximia” (Pelo Brasil, faça-se o melhor).

Teresina: “Omnia in Charitate” (Tudo pela caridade).

Vitória: “Victoria” (Vitória).

out 242011
 

Homo quidam

Homo quidam fecit cœnam magnam, et misit servum suum hora cœnæ dícere invitátis, ut venírent. Quia paráta sunt ómnia.

Veníte, comédite panem meum, et bíbite vinum quod míscui vobis.

Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.

Carl Bloch (1834–1890)_SermonOnTheMount

Tradução

Certo homem fez um dia um grande banquete, e enviou à hora da ceia o seu servo a dizer aos convidados: Vinde, já está tudo preparado.

Vinde, comei de meu pão e bebei o vinho que para vós preparei.

Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.

Partitura gregoriana

homoquidampartiturapdf

Ouça a música

Homo quidam (Gregoriano)

ago 152011
 

Provérbios Latinos (Parte I, A-E)

A sabedoria popular soube cunhar breves ditados que exprimem grandes realidades. Todas as línguas e culturas possuem os seus adágios que refletem a riqueza e as peculiaridades do povo, mas o latim em especial, possui provérbios sintéticos e profundos cujo uso atravessa os séculos. Conforme o pedido de alguns leitores de Praecones Latine oferecemos aos leitores uma seleção dos 60 mais famosos provérbios latinos com uma singela explicação de seu uso e significado.

Aquila non capit muscas

Aquila non capit muscas

1. Abusus non tollit usum: O abuso não impede o uso. Princípio segundo o qual se pode usar de uma coisa boa em si, mesmo quando outros usam dela abusivamente.
2. Ad maiorem Dei gloriam: Para maior glória de Deus. Lema da Companhia de Jesus, usado pelos jesuítas pelas iniciais A. M. D. G.
3. Age quod agis: Faze o que fazes. Presta atenção no que fazes; concentra-te no teu trabalho.
4. Alea iacta est: A sorte foi lançada. Palavras atribuídas a César, quando passou o Rio Rubicão, contrariando as ordens do Senado Romano.
5. Amicus certus in re incerta cernitur: O amigo certo se manifesta na ocasião incerta.
6. Aquila non capit muscas: A águia não apanha moscas. Uma pessoa de espírito superior não se preocupa com ninharias.
7. Arcus nimis intensus rumpitur: O arco muito retesado parte-se. O rigor excessivo conduz a resultados desastrosos.
8. Asinus asinum fricat: Um burro coça outro burro. Diz-se de pessoas sem merecimento que se elogiam mutuamente e com exagero.
9. Audaces fortuna iuvat: A fortuna ajuda os audazes. O bom êxito depende de deliberações arriscadas.
10. Carpe diem: Aproveita o dia. (Aviso para que não desperdicemos o tempo). Horácio dirigia este conselho aos epicuristas e gozadores.
11. Consuetudo consuetudine vincitur: Um costume é vencido por outro costume. Princípio de Tomás de Kempis segundo o qual os maus hábitos podem ser eficazmente combatidos por outros que lhes sejam contrários.
12. Consuetudo est altera natura: O hábito é uma segunda natureza. Aforismo de Aristóteles.
13. Credo quia absurdum: Creio por ser absurdo. Expressão de Santo Agostinho para determinar o objeto material da fé constituído pelas verdades reveladas, que a razão humana não compreende.
14. Dare nemo potest quod non habet, neque plus quam habet: Ninguém pode dar o que não possui, nem mais do que possui.
15. De gustibus et coloribus non est disputandum: Não se deve discutir sobre gostos e cores. Cada qual tem suas preferências. (Provérbio medieval).
16. Dominus dedit, Dominus abstulit, sit nomen Domini benedictum: O Senhor deu, o Senhor tirou, bendito seja o nome do Senhor. Palavras de Jó, quando atingido pela perda de todos os seus bens. São citadas para lembrar, nos infortúnios, a resignação cristã.
17. Do ut des: Dir Dou para que tu dês. Norma de contrato oneroso bilateral.
18. Dura lex sed lex: A lei é dura, mas é a lei. Apesar de exigir sacrifícios, a lei deve ser cumprida.
19. Ecce iterum Crispinus: Eis aqui novamente o Crispim. Frase de Juvenal, falando de um importuno.
20. Errare humanum est: Errar é humano. Desculpa que se apresenta a fim de atenuar um erro ou engano.
21. Esto brevis et placebis: Sê breve e agradarás. Conselho escolástico aplicado à eloqüência.
22. Ex ore parvulorum veritas: A verdade (está) na boca das crianças. As crianças não mentem.

Parte II

Parte III

ago 062011
 

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), decidiu abrir inscrições para um curso de extensão: “História & Arte, Filosofia & Literatura: o maravilhoso universo da Idade Média”. O curso, de seis meses, terá início em abril.

Catedral de Colônia (Alemanha)

Catedral de Colônia (Alemanha)

Segundo seu coordenador, o professor da UFES e membro da Associação Brasileira de Estudos Medievais, Ricardo da Costa, o objetivo deste é desmistificar a imagem negativa que a Idade Média carrega. “Foi um período de guerras e pestes, mas também de muita coisa boa. A universidade, por exemplo, foi criada na era medieval”, afirma ele. “Música, literatura, poesia e pintura também foram muito expressivas nessa época da História. Isso tudo será abordado no curso”, acrescenta. (A Gazeta, Vitória – ES)

jul 082011
 

Quem são os Quarenta Mártires do Brasil?

Trata-se de 40 jovens jesuítas, quase todos entre os 20 e os 30 anos de idade, que se dirigiam de barco para o Brasil, a fim de ajudar na sua evangelização, mas que, nas Ilhas Canárias, foram interceptados por navios de calvinistas que, sabendo que eles eram missionários católicos, os deitaram ao mar. Era o dia 15 de Julho de 1570.

Quarenta_martires_inacio_azevedo

Chefiados pelo Padre Inácio de Azevedo, 32 eram portugueses e oito espanhóis. Os 32 portugueses provinham das seguintes 25 localidades:

Alcácer do Sal – Francisco de Magalhães

Alcochete – Manuel Rodrigues

Borba – Domingos Fernandes

Braga – Brás Ribeiro e João Fernandes

Bragança – Nicolau Dinis

Celorico da Beira – Manuel Fernandes

Ceuta – Manuel Pacheco

Chacim – Bento de Castro

Chaves – Pedro de Fontoura

Covilhã – Francisco Álvares

Elvas – Aleixo Delgado e Álvaro Mendes

Entre-Douro e Minho –  João Adaucto

Évora – Luís Correia e Luís Rodrigues

Estremoz – Manuel Álvares

Fronteira – Pedro Nunes

Lisboa – João Fernandes

Marco de Canaveses – Amaro Vaz

Montemor-o-Novo – António Fernandes

Nisa – Diogo Pires (Mimoso)

Ourém – Simão Lopes

Pedrógão Grande – Diogo de Andrade

Porto – Inácio de Azevedo, Gonçalo Henriques, Simão da Costa, António Correia e Gaspar Álvares

Santa Maria da Feira – Marcos Caldeira.

Trancoso – António Soares

Viana do Alentejo – André Gonçalves

Novena aos 40 Mártires do Brasil

A “Novena  dos 40 Mártires do Brasil” começa no dia 8 de Julho, pois a festa litúrgica se celebra no dia 17 desse mês. Mas cada pessoa pode fazer esta novena em qualquer época do ano, em nove dias seguidos.

Gloriosos Mártires

que, abrasados de amor das almas,

deixastes a família e a pátria

e vos entregastes ao Senhor,

para trabalhar nas terras longínquas do Brasil:

atraí muitos jovens à vida missionária,

com a vossa intercessão e exemplo,

que se entreguem generosamente ao serviço dos irmãos

e os conduzam às alegrias eternas.

Vós, a quem o Senhor tanto amou,

que, ainda antes de chegardes às vossas missões,

vos premiou as virtudes e o zelo com a palma do martírio,

alcançai-nos as graças que vos pedimos,

se forem para a maior glória de Deus

e para bem das nossas almas. Ámen.

(fazer o pedido)

Rezar pelas intenções do Santo Padre:

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

– Rogai por nós, Beato Inácio de Azevedo e Companheiros Mártires!

– Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:
Deus eterno e todo-poderoso,

que, no Beato Inácio e seus companheiros,

permitis que veneremos numa só solenidade

as palmas de 40 mártires,

concedei-nos propício que possamos imitar

a invencível constância na fé desta falange de mártires,

cuja glória no céu contemplamos com alegria.

Por Cristo Nosso Senhor. Assim seja.

Inacio_Azevedo_40_martires

Processo de canonização

Estes mártires foram beatificados pelo Papa Pio IX, em 11 de Maio de 1854. Para a sua canonização, é condição necessária que o seu culto seja reconhecido como permanente entre o povo cristão. Mas será melhor ainda se, por seu intermédio, Deus manifestar a sua intervenção, através de um milagre autêntico. Para isso, vamos pedir a Deus a canonização destes jovens e heróicos missionários, modelos para a nossa juventude.

Com vista à sua canonização, cada um destes Mártires merece a memória, a devoção, a imitação e a homenagem dos seus conterrâneos, que, por sua vez, se devem sentir orgulhosos deste seu glorioso antepassado, reconhecido pela Igreja Universal, a nível mundial.

Sugerem-se algumas iniciativas possíveis em cada uma destas localidades:

– venerar uma imagem do seu Beato (ou dos 40) numa capela ou numa igreja;

– dar o seu nome a uma rua, praça ou outro local público;

– dar o seu nome a uma instituição escolar, cultural ou religiosa; – dedicar uma capela, igreja ou paróquia à sua protecção;

– celebrar a sua festa com novena ou pelo menos com missa solenizada e pregação;

– dispor de um escrito com a sua vida ou resumo dela, para distribuir ao público;

– procurar que, na oferta turística, cultural ou histórica da região ou da localidade, haja uma referência ao Beato, ali nascido e ali venerado;

– preocupar uma “associação” ou um “grupo” de jovens pelo estudo e divulgação da sua vida, promovendo iniciativas em sua honra; etc.

Material de apoio disponível

Os 40 Mártires do Brasil – Eduardo Kol de Carvalho, Braga, 2011 – (livro) 5,00 euros.

Velas ao Largo – Maria da Soledade, 1970 – (livro) 3,00 euros.

Uma Glória Nacional – 1961 – (livro) 2,00 euros.

Raízes Terrestres dos 40 Mártires – Ernesto Domingues, 1971 – (livro) 2,00 euros

Três quadros dos Mártires, formato A4 – a cores – 1,00 euro.

“História e Novena” (folhetos) – cada 10 exemplares – 1,00 euro.

Serviços da Causa de Canonização

Os Serviços da “Causa de Canonização dos Mártires do Brasil” estão disponíveis para colaborar onde foram requisitados.

Comunicação de graças obtidas, envio de donativos para ajuda da Causa de Canonização, pedidos de celebração de missas por intercessão dos Beatos em geral ou de um deles em particular – para:

Causa de Canonização dos Mártires do Brasil

Estrada da Torre, 26

1750-296 LISBOA (Portugal)

E-mail: martires@netcabo.pt

jun 282011
 

A origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Marcos Eduardo Melo dos Santos

A base escriturística desta devoção remonta àquele trecho do Evangelho de  João (13,23) o qual narra o reclinar-se do discípulo amado ao peito de Jesus. Há inúmeras referências na época dos Padres da Igreja e na Idade Média. No entanto, quem hoje vê o nome do Sagrado Coração honrar a divisa de diversas ordens religiosas, paróquias, instituições de ensino e de assistência social, não pode imaginar com facilidade os dramas e dificuldades no surgimento desta devoção[1].

Após uma fase de eclipse, esta devoção ganhou novo impulso após as visões de Santa Margarida Maria Alacoque (1647–1690), difundidas por seu confessor São Claude de la Colombière (1673-1675)[2].

Após 150 anos de enormes dificuldades impostas especialmente pelos jansenistas e o terror da Revolução Francesa, em 1856, Pio IX instituiu a festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus, propondo, segundo a recomendação dos santos, a consagração do mundo ao Coração de Jesus.

Duzentos anos após Santa Margarida pedir ao Rei Luís XIV a consagração da França, o presidente do Equador, Gabriel Garcia Moreno, consagrou seu país em 1873, ao Coração de Jesus.

Cor Iesu

Cor Iesu

Diversos Papas incentivarem esta devoção através de encíclicas[3]. Atualmente a festa do Sagrado Coração é celebrada 19 dias após a solenidade de Pentecostes.

A devoção ao sagrado Coração de Jesus se difundiu em tocantes formas de piedade popular. Em 1872, Pio IX concedeu indulgências especiais aos que portassem o escapulário com a imagem do Sagrado Coração.

Semelhantes ao escapulário, havia também os chamados “detentes” com a imagem do Coração de Jesus. Os católicos que os portavam asseguram serem protegidos durante as perseguições religiosas ou conflitos armados, como os Chouans na França, os Cristeros no México e os combatentes das grandes guerras mundiais.

A variante talvez mais tocante da piedade ao Coração de Jesus esta na união com a devoção ao Imaculado Coração de Maria segundo a recomendação de vários santos como, São João Eudes, Santa Margarida Maria Alacoque, São Luís Grignion de Montfort, Santa Catarina Labouré e São Maximiliano Kolbe.

A devoção aos Corações de Jesus e Maria é difundida nos ritos católicos e orientais, e inclusive entre anglicanos e luteranos, crescendo nas últimas décadas com a difusão da Medalha Milagrosa, e, sobretudo, após a Mensagem de Fátima.

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus em português e latim

A fim de que o leitor cresça mais e mais nesta devoção e aporfunde-se no conhecimento da língua latina oferecemos a ladainha do Sagrado Coração de Jesus em português e latim.

Em Português Latine
Senhor, tende piedade de nós. Kyrie, eléison.
Jesus Cristo, tende piedade de nós. Christe, eléison.
R/.Senhor, tende piedade de nós. R/. Kyrie, eléison.
Jesus Cristo, ouvi-nos. Christe, audi nos.
R/.Jesus Cristo, atendei-nos. R/. Christe, exáudi nos.
Deus, Pai dos Céus, tende piedade de nós. Páter de cælis, Deus, miserére nobis.
Deus Filho, Redentor do mundo, (a cada invocação responde-se “tende piedade de nós”) Fili, Redémptor mundi, Deus,
Deus Espírito Santo, Spíritus Sancte, Deus,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, Sancta Trínitas, unus Deus,
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, Cor Jesu, Fílii Patris ætérni,
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, Cor Jesu, in sinu Vírginis Matris a Spíritu Sancto formátum,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, Cor Jesu, Verbo Dei substantiáliter unítum,
Coração de Jesus, de majestade infinita, Cor Jesu, majestátis infinítæ,
Coração de Jesus, templo santo de Deus, Cor Jesu, templum Dei sanctum,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, Cor Jesu, tabernáculum Altíssimi,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do Céu, Cor Jesu, domus Dei et porta cæli,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, Cor Jesu, fornax ardens caritátis,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor, Cor Jesu, justítiæ et amóris receptáculum,
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor, Cor Jesu, bonitáte et amóre plenum,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, Cor Jesu, virtútum ómnium abyssus,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, Cor Jesu, omni laude digníssimum,
Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações, Cor Jesu, rex et centrum ómnium córdium,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, Cor Jesu, in quo sunt omnes thesáuri sapiéntiæ et sciéntiæ,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, Cor Jesu, in quo hábitat omnis plenitúdo divinitátis,
Coração de Jesus, no qual o Pai põe as suas complacências, Cor Jesu, in quo Pater sibi bene complácuit,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, Cor Jesu, de cujus plenitúdine omnes nos accépimus,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, Cor Jesu, desidérium cóllium æternórum,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, Cor Jesu, pátiens et multæ misericórdiæ,
Coração de Jesus, rico para todos os que Vos invocam, Cor Jesu, dives in omnes qui ínvocant te,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, Cor Jesu, fons vitæ et sanctitátis,
Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados, Cor Jesu, propitiátio pro peccátis nostris,
Coração de Jesus, saturado de opróbrios, Cor Jesu, saturátum oppróbriis,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, Cor Jesu, attrítum propter scélera nostra,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, Cor Jesu, usque ad mortem obédiens factum,
Coração de Jesus, atravessado pela lança, Cor Jesu, láncea perforátum,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, Cor Jesu, fons totíus consolatiónis,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, Cor Jesu, vita et resurréctio nostra,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, Cor Jesu, pax et reconciliátio nostra,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, Cor Jesu, víctima peccatórum,
Coração de Jesus, salvação dos que esperam em Vós, Cor Jesu, salus in te sperántium,
Coração de Jesus, esperança dos que expiram em Vós, Cor Jesu, spes in te moriéntium,
Coração de Jesus, delícia de todos os santos, Cor Jesu, delíciæ sanctórum ómnium,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, V/. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
R/. perdoai-nos, Senhor. R/. Parce nobis Dómine.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, V/. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
R/. atendei-nos, Senhor. R/. Exáudi nos Dómine.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, V/. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
R/. tende piedade de nós. R/. Miserére nobis.
V/. Jesus, manso e humilde de Coração, V/. Jesu, mitis et húmilis Corde,
R/. Fazei nosso coração semelhante ao vosso. R/. Fac cor nostrum secúndum Cor tuum.
Oremos. Deus onipotente e eterno, olhai para o Coração de vosso Filho diletíssimo e para os louvores e as satisfações que Ele, em nome dos pecadores, Vos tributa; e aos que imploram a vossa misericórdia concedei benigno o perdão, em nome do vosso mesmo Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém. Orémus. Omnípotens sempitérne Deus, réspice in Cor dilectíssimi Fílii tui, et in laudes et satisfactiónes, quas in nómine peccatórum tibi persólvit, iísque misericórdiam tuam peténtibus tu véniam concéde placátus, in nómine ejúsdem Fílii tui Jesu Christi, qui tecum vivit et regnat in saécula sæculórum. Amen.

[1] GIGON, Paul. Notre-Dame du Sacré-Coeur. Toulon : Missionaire du Sacré-Coeur, 1957. p. 295.

[2] ABRANCHES, Joaquim. O amor do Coração de Crito. Braga: Editorial A. O. 1990. p. 119.

[3] Leão XIII na Annum Sacrum (1899) com a Oração para consagração ao Sagrado Coração; São Pio X; Pio XI na Miserentissimus Redemptor (1928); Pio XII na Haurietis aquas (1956);  João Paulo II na Redemptor Hominis (1979) e Bento XVI em carta ao Pe. Kolvenbach Geral da Comapanhia de Jesus.

jun 272011
 

Conforme o pedido de alguns leitores de Praecones Latine, oferecemos a nacionalidade em latim correspondente a alguns países do mundo. Assim se poderá responder ao ser questionado sobre o nome do país de residência ou nacionalidade.

Mapa_Mundi_mundo_em_latim_latín_Latein_Latin_Latym_Latijn
Clique aqui para ampliar o mapa.

Países da América

País em português

País em latim

Nacionalidade

Capital

Argentina

Argentina

Argentinus,a,um

Bonaëropolis

Bolívia

Bolivia

Bolivianus,a,um

Sucre

Brasil

Brasilia

Brasiliensis,e

Brasiliapolis

Canadá

Canada

Canadensis,e

Torontum

Chile

Chilia

Chilensis,e

Sanctiacobi

Colômbia

Columbia

Columbianus,a,um

Bogota

Costa Rica

Ora Opulenta

Orarius,a,um, Opulentanus,a,um

Sanctus Ioseph

Cuba

Cuba

Cubanus,a,um

Avana

Equador

Aequatoria

Aequatorianus,a,um

Quitum

Estados Unidos

Civitates Foederatae Americae

Americanus,a,um

Vasingtonia

México

Mexicum

Mexicanus,a,um

Mexicopolis

Paraguai

Paraquaria

Paraquaius,a,um

Urbs Assumptionis

Peru

Peruvia

Peruvianus,a,um sive Peruanus,a,um

Lima

República Dominicana

Respublica Dominicana

Dominicanus,a,um

Dominicopolis

Uruguai

Uraquaria

Uruquarianus,a,um sive Uraquariensis,i

Mons videus

Venezuela

Venetiola

Venetiolanus,a,um

Caracae

Países da Europa

Alemanha

Germania

Germanus,a,um

Berolinum

Áustria

Austria

Austriacus,a,um

Vindobona

Bélgica

Belgium

Vallonis,e

Bruxellae

Dinamarca

Dania

Danicus,a,um

Hafnia

Espanha

Hispania

Hispanus,a,um sive hispanicus,a,um

Matritum

França

Francia

Francogallus,a,um

Lutetia

Holanda

Batavia

Batavicus,a,um sive Nederlandendis,e

Amstelodamum

Hungria

Hungarica

Hungaricus,a,um

Budapestinum

Itália

Italia

Italus,a,um sive italicus,a,um

Roma

Polônia

Polonia

Polonicus,a,um

Varsovia

Portugal

Portugallia sive Lusitania

Lusitanus,a,um

Olisipo

Alguns países da Ásia

Arábia Saudita

Arabia Saudiana

Arabicus,a,um

Riadum

China

Res Publica Popularis Sinarum

Sinensis,e

Pecinum

Coréia

Respublica Coreana

Coreanus,a,um

Seulum

Índia

India

Indianus,a,um

Bombaya

Israel

Israel

Iudaeus,a,um

Hierosolyma

Japão

Iaponia

Iaponicus,a,um

Tokium

Rússia

Russia

Russicus,a,um

Moscua

Timor Leste

Timoria Orientalis

Timorensis,e

Dilium

Vietnam

Vietnamia

Vietnamicus,a,um

Hanoi

Alguns países da África e Oceania

Angola

Angolia

Angolianus,a,um sive Angoliensis,e

Luanda

Austrália

Australia

Australianus,a,um

Canberra

Moçambique

Mozambicum

Mozambicanus,a,um

Maputo

Nova Zelândia

Nova Zelandia

Neozelandiensis,e

Velingtonia

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jun 262011
 

Provérbios Latinos (Parte III, Q-Z)

Ubi Petrus, ibi Ecclesia

Ubi Petrus, ibi Ecclesia

40. Qualis vita, finis ita: Tal vida, tal morte. Não pode morrer bem aquele que viveu mal, é o princípio aceito pelos mestres da vida espiritual.
41. Quia nominor leo: Porque me chamo leão. Trecho de Fedro usado para estigmatizar aqueles que abusam de sua posição ou força, para oprimir os fracos.
42. Qui potest capere, capiat: Quem é apto para o admitir, admita. Palavras com que Cristo conclui sua exortação à prática da castidade perfeita (Mateus, 19, 12).
43. Quot capita, tot sensus: Quantas cabeças, tantas sentenças.
44. Quo vadis?: Aonde vais? Pergunta que, segundo a tradição, teria feito Cristo a Pedro na Via Ápia, quando o apóstolo fugia da perseguição de Nero.
45. Similia similibus curantur: Os semelhantes curam-se pelos semelhantes. Med Lema da homeopatia que se opõe à alopatia cujo princípio é: contraria contrariis curantur.
46. Si vis pacem, para bellum: Se queres a paz, prepara a guerra. Aforismo ainda hoje seguido pelas nações, que procuram fortalecer-se a fim de evitar uma eventual agressão.
47. Tabula rasa: Tábua raspada. Expressão muito empregada em linguagem filosófica de origem aristotélica. Aristóteles admitia que o espírito humano era, antes de qualquer experiência, inteiramente vazio como as tabuinhas cobertas de cera em que nada fora escrito.
48. Tempus est optimus judex rerum omnium: O tempo é o melhor juiz de todas as coisas.
49. Timeo hominem unius libri: Temo o homem de um só livro. Santo Tomás de Aquino empregou esta expressão para dizer que temia aquele que não tinha uma cultura vasta, mas era adversário temível quando se aprofundava no estudo de uma especialidade.
50. Tua res agitur: Trata-se de coisa tua. É de teu interesse (Horácio, Epístola I, 18, 84).
51. Tulit alter honores: Outro teve as honras. Queixa de Virgílio por ver outros colherem os frutos do seu trabalho.
52. Tu quoque fili!: Tu também, filho! Exclamação de César ao ver Bruto, considerado seu filho, entre os conspiradores.
53. Ubi Petrus, ibi Ecclesia: Onde (está) Pedro aí (está) a Igreja. Provérbio muito citado pelos apologistas católicos que só consideravam verdadeira a igreja que estivesse em comunhão com o pontífice romano.
54. Vae soli!: lat Ai do solitário! Expressão com que o Eclesiastes (IV, 10) lamenta a fraqueza do homem abandonado à própria sorte.
55. Veni, vidi, vici: Vim, vi, venci. Palavras com que César anunciou, ao Senado Romano, sua vitória sobre Farnaces, rei do Ponto, no ano 47 a. C. São citadas como alusão a um êxito seguro e rápido em qualquer empreendimento.
56. Verba volant, scripta manent: As palavras voam, os escritos permanecem. Provérbio de grande atualidade que aconselha prudência em pronunciamentos comprometedores e na assinatura de contratos bilaterais.
57. Vincit omnia veritas: A verdade vence todas as coisas.
58. Volenti nihil difficile: Nada é difícil a quem quer; querer é poder.
59. Vox populi, vox Dei: Voz do povo, voz de Deus. O assentimento de um povo pode ser o critério de verdade.
60. Vulnerant omnes, ultima necat: Todas ferem, a última mata. Inscrição filosófica em mostradores de relógios. Cada hora fere a nossa vida até que a derradeira a roube.

Os 60 frasses mais famosas em latim (I)

As 60 frases mais famosas em latim (II)

jun 252011
 

Provérbios Latinos (Parte II, F-P)

Honos alit artes

Honos alit artes

23. Fama volat: A fama voa; a notícia se espalha rapidamente. (Virgílio, Eneida III, 121).
24. Felix culpa: Feliz culpa. Expressão de Santo Agostinho referindo-se ao pecado de Adão, que nos mereceu tão grande redentor.
25. Finis coronat opus: O fim coroa a obra. A obra está completa, de acordo com o seu planejamento.
26. Fugit irreparabile tempus: Foge o tempo irreparável. Virgílio lembra-nos que o tempo passa rapidamente e que não devemos desperdiçá-lo.
27. Hodie mihi, cras tibi: Hoje para mim, amanhã para ti. Usada nas inscrições tumulares e quando se deseja o mesmo mal a quem o causou.
28. Honos alit artes: A honra alimenta as artes. Máxima de Cícero que explica a necessidade de aplausos como incentivo aos artistas.
29. In dubio pro reo: Na dúvida, pelo réu. A incerteza sobre a prática de um delito ou sobre alguma circunstância relativa a ele deve favorecer o réu.
30. Inops, potentem dum vult imitare, perit: O pobre, quando quer imitar o poderoso, perece.
31. Libertas quae sera tamen: Liberdade ainda que tardia. Palavras de Virgílio, tomadas como lema pelos chefes da Inconfidência Mineira e que figuram na bandeira daquele Estado.
32. Medice, cura te ipsum: Médico, cura a ti próprio. Provérbio citado por Cristo e diz respeito àqueles que, esquecidos dos próprios defeitos, desejam corrigir os alheios.
33. Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris: Lembra-te, homem, que és pó e em pó te tornarás. Palavras pronunciadas pelo sacerdote enquanto impõe cinza na cabeça de cada fiel, na quarta-feira de cinzas.
34. Mens sana in corpore sano: Espírito sadio em corpo são. Frase de Juvenal, utilizada para demonstrar a necessidade de corpo sadio para serviços de ideais elevados.
35. Nascuntur poetae, fiunt oratores: Os poetas nascem, os oradores fazem-se.
36. Natura non facit saltus: A natureza não dá saltos. Leibniz quis com este aforismo mostrar que não existem gêneros ou espécies completamente isolados, mas são todos interligados.
37. Non nova, sed nove: Não coisas novas, mas (tratadas) de (modo) novo.
38. Non omne quod fulget aurum est: Nem tudo que brilha é ouro. Cuidado com as aparências.
39. Primum vivere, deinde philosophari: Primeiro viver, depois filosofar. Aplicado àqueles que, por especulações abstratas, deixam de conseguir o necessário para a subsistência.

Os 60 mais famosos ditados latinos (I)

Os 60 mais famosos ditados latinos (III)

jun 222011
 

Quem foi o autor do hino gregoriano Adoro te devote?

O mundo viu nascer Tomás de Aquino no ano de 1225, no castelo de Roccasecca, próximo a Nápoles, na Itália. Dos sete filhos do conde Landolfo d’Aquino, Tomás era o mais novo. Aos cinco anos, foi enviado ao famoso Convento de Monte Cassino, para lá ser educado. Seu tio, Sunibaldo, era abade e encarregou-se de sua formação. Tudo indica que sua família também ansiava que ele viesse a ser o superior daquele prestigioso mosteiro.
Pouco se sabe deste período de sua vida, a não ser que o “pequeno monge”, ao percorrer o majestoso claustro daquela abadia, inquiria os religiosos sobre um tema que não saía da sua mente: “Que é Deus?”. Não passaram para a história as respostas proferidas. Contudo, parece certo dizer que ninguém lhe respondeu satisfatoriamente, pois, desde criança, ele fez dessa primeira indagação a força motriz que o impulsionaria a produzir a maior obra teológica de todos os tempos.
Ao ingressar na vida acadêmica, rapidamente destacou-se pela prodigiosa fecundidade de pensamento. Esse doutor que mereceu ser chamado “Angélico”, foi um grande luzeiro posto por Deus no meio de sua Igreja, a fim de esclarecer, confortar e animar as almas pelos séculos futuros. Viveu apenas 49 anos, dedicando a metade de sua vida à nobre e árdua tarefa de ensinar nos mais importantes centros universitários da França, Itália e Alemanha.
Guilherme de Tocco, seu primeiro e principal biógrafo, afirmou que “nas aulas o seu gênio começou a brilhar de tal forma e a sua inteligência a revelar-se tão perspicaz, que repetia aos outros estudantes as lições dos mestres de maneira mais elevada, mais clara e mais profunda do que as tinha ouvido” (1).
São Tomás soube unir harmoniosamente a santidade com a genialidade, e a erudição com a virtude, a fim de produzir a maior obra teológica de todos os tempos. Durante os quase oito séculos que separam sua existência da nossa, foi ele sempre exaltado com eloquentes louvores pelos Papas, em termos não comuns em documentos pontifícios.
O Papa João XXII, em 1318, afirmou: “Ele sozinho iluminava a Igreja mais que os outros doutores. Lendo seus livros um homem aproveita mais em um ano do que durante toda a sua vida”(2). São Pio V, em 1567, não foi menos categórico: “A Igreja fez dela a sua doutrina teológica, por ser a mais certa e a mais segura de todas”. E o Papa Leão XIII, em 1892, disse que “se se encontram doutores em desacordo com São Tomás, qualquer que seja o seu mérito, a hesitação não é permitida; sejam os primeiros sacrificados ao segundo”. Por sua vez, o Concílio Vaticano II aconselha que São Tomás seja seguido nos Seminários e nas Universidades católicas. O Papa Paulo VI, comentando esse fato, disse: “é a primeira vez que um Concílio Ecumênico recomenda um teólogo, e este é precisamente São Tomás de Aquino”.

São Tomás de Aquino

São Tomás de Aquino

Festa de Corpus Christi e o Adoro te Devote

Como vimos no post anterior História da solenidade de Corpus Christi e a sequência Lauda Sion (letra em português e latim), São Tomás compôs o ofício litúrgico para a Festa de Corpus Christi. Além da sequência Lauda Sion, o Doutor Angélico compôs o Adoro te devote, o qual disponibilizamos aos leitores de Praecones Latine em sua versão original latina e tradução portuguesa.

Letra do Adoro te Devote em português

1. Devotamente Vos adoro, ó Divindade escondida,
velada realmente nesta figuras:
Meu coração a Vós se submete plenamente,
que desfalece inteiro, Vos contemplando.

2. A vista, o tato, o paladar aqui se enganam,
só o que ouço sustenta a minha Fé.
Pois creio no que disse o Filho do Deus vivo;
E nada há mais verdadeiro que a palavra da Verdade.

3. Na Cruz estava oculta só a divindade;
Aqui também se oculta a humanidade;
Contudo numa e outra creio e confesso,
o que pedia o ladrão arrependido, peço.

4. Como Tomé não vejo as chagas,
por meu Deus, contudo, Vos proclamo.
Que eu creia sempre mais e mais,
em Vós espere, que eu Vos ame.

5. Ó lembrança da morte do Senhor!
Pão vivo que ao homem dais a vida.
Concedei à minha alma em Vós viver,
que a ela seja doce Vos pertencer.

6. Senhor Jesus, pelicano cheio de ternura,
purificai-me por Vosso Sangue, eu imundo.
Deste Sangue pelo qual uma só gota,
basta para limpar os crimes ao mundo.

7. Ó Deus, que agora velado vejo,
concedei ao ardor de meus desejos,
que vendo-Vos um dia face a face,
em gáudio contemple Vossa glória eternamente. Amém.

Letra do Adoro te devote em latim

Para ouvir o cântico gregoriano executado pelos Arautos do Evangelho, clique aqui.

1. Adóro te devóte, látens Déitas,
quae sub his figúris vere látitas:
Tíbi se cor méum tótum súbjicit,
quia te contémplans tótum déficit.

2. Vísus, táctus, gústus in te fállitur,
sed audítu sólo tuto créditur:
Crédo quídquid dixit Déi Fílius:
Nil hoc Vérbo veritátis vérius.

3. In crúce latébat sóla Déitas,
at hic látet simul et humánitas:
Ambo tamen crédens atque cónfitens,
péto quod petívit látro páenitens.

4. Plágas, sicut Thóma, non intúeor:
Déum tamen méum te confíteor:
Fac me tíbi semper magis crédere,
in te spem habére, te dilígere.

5. O memoriále mórtis Dómini,
pánis vívus vítam praestans hómini,
praésta méae ménti de te vívere,
et te ílli semper dúlce sápere.

6. Píe péllicáne Jésu Dómine,
me immúndum múnda túo sánguine,
cújus úna stílla sálvum fácere
tótum múndum quit ab ómni scélere.

7. Jesu, quem velátum nunc aspício,
oro, fiat illud quod tam sítio,
ut te reveláta cernes fácie,
visu sim beátus tuae glóriae. Amen.

Bibliografia
(1) Guillelmus de Tocco: Storia Sancti Thome de Aquino, ed. C. Le Brun Gouanvic, Pontifical Institute of Medieval Studies, Toronto, 1996.
(2) As citações mencionadas neste parágrafo encontram-se na obra: Odilão, Moura. Prefácio a Exposição Sobre o Credo. In: Tomás De Aquino. Exposição Sobre o Credo. 4ª ed. São Paulo: Loyola, 1981. pp. 11-16.